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Presidente do Banco Central diz que inundações no Rio Grande do Sul terão desdobramentos econômicos que requerem acompanhamento

"Quando você olha a inflação desancorando e o prêmio de risco onde está hoje é um sinal que nos preocupa muito", diz Roberto Campos Neto. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, disse que as inundações que assolam o Rio Grande do Sul além de “grandes impactos humanitários”, “terão desdobramentos econômicos que requerem acompanhamento”.

O banqueiro central comentava que eventos climáticos extremos, que estão cada vez mais frequentes podem gerar “efeitos em toda a cadeia produtiva”, como a inflação de alimentos no curto prazo, e citou o RS como exemplo disso.

“Aproveito essa oportunidade para expressar minha solidariedade ao povo gaúcho, aos nossos servidores e às pessoas afetadas por essa tragédia”, disse na abertura da Conferência Anual do BC nesta quarta-feira (15).

De acordo com o último boletim diário da CNM (Confederação Nacional dos Municípios) sobre os desastres no RS, divulgado na terça-feira, foram registrados de R$ 8,9 bilhões de prejuízos financeiros e danos em 105,6 mil moradias.

Segundo estimativas, produtos como arroz e leite podem ter aumento nos próximos dias. Campos Neto também chamou a atenção para a necessidade de realizar a transição energética para reduzir os impactos econômicos. “A tão necessária transição energética demanda investimentos e gera novos custos para a produção”, disse.

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