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Presidente do Banco Central diz que o Brasil está na contramão do mundo em relação aos juros

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, disse que o Brasil está na direção contrária em relação aos outros países, que esperam queda na taxa de juros. O chefe da autoridade monetária palestrou nesta terça-feira (19) em um evento promovido pela Associação Comercial de São Paulo.

“O Brasil está na contramão, infelizmente”, afirmou. O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central aumentou os juros em 0,5 ponto em decisão publicada no início de novembro. Com a decisão, a Selic subiu para 11,25% ao ano.

Em novembro, o colegiado já havia decidido de forma unânime pelo aumento de 0,5 ponto na Selic, passando a 11,25%, a primeira elevação desde agosto de 2022. O Boletim Focus, do Banco Central, divulgado na segunda-feira (18) indica que a Selic deve terminar 2024 em 11,75%. É a sétima semana consecutiva que os economistas projetam esse cenário.

Apesar do cenário, Campos Neto disse que o governo brasileiro, sobretudo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem se esforçado para assegurar a sustentabilidade da política fiscal do Brasil. A equipe econômica do governo está elaborando um pacote de corte de gastos.

“A grande expectativa hoje é de como vai ser o ajuste [fiscal] que deve ser anunciado em breve. A gente reconhece que o governo tem feito um esforço enorme. O ministro Haddad tem feito um esforço enorme. A gente precisa ter um anúncio que gere um impacto positivo”, disse.

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