Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 12 de agosto de 2022
Campos Neto diz que no lugar dos cartões físicos "haverá Pix no débito e no crédito".
Foto: Marcello Casal Jr/Agência BrasilO presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse há pouco acreditar que os cartões de crédito devem deixar de existir em breve. “Em algum momento você vai pegar o seu celular e vai ter um integrador. Ninguém vai ter cinco aplicativos de banco, temos o open finance para isso. O integrador vai montar toda a sua vida financeira virtual e física no mesmo lugar, fazendo Pix no débito e no crédito, com as taxas de cada banco.
E outros serviços ligados a isso, com carteiras de dinheiro físico e digital, projetou, em palestra sobre “A regulamentação das criptomoedas no Brasil e no mundo”.
O presidente do BC voltou a citar a possibilidade de pagamentos digitais offline. “Não entendi ainda por que não fizeram. É como se fosse uma carteira de dinheiro digital dentro do celular, com um pouquinho de dinheiro, porque terá mais risco. Algumas empresas já estão desenhando isso”, comentou.
Pagamentos
Os pagamentos com cartões de crédito e débito cresceram 36,5% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2021, segundo balanço divulgado nesta semana pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Foi movimentado R$ 1,6 trilhão com cartões nos primeiros seis meses de 2022.
O cartão de crédito teve o maior crescimento e também a maior movimentação no período. De acordo com a Abecs, foram feitos R$ 1 trilhão em pagamentos com esse meio no primeiro semestre, uma expansão de 42,2% em relação ao ano passado.
Já os cartões de débito foram responsáveis por R$ 488 bilhões em pagamentos, um aumento de 16,6% na comparação com os primeiros seis meses de 2021. Enquanto os cartões pré-pagos tiveram R$ 99,4 bilhões em movimentações.
Também tiveram crescimento no primeiro semestre as compras remotas que, com alta de 32,7%, somaram R$ 338,5 bilhões no período.
Os pagamentos por aproximação com cartões de crédito e débito tiveram um aumento de 344,5%, somando R$ 235,5 bilhões nos primeiros seis meses do ano.
Segundo a associação, o alto crescimento está relacionado à base de comparação ruim do ano passado, momento crítico da pandemia de covid. Sendo assim, a expansão também reflete o fim das restrições às movimentações e às atividades econômicas neste ano.