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Presidente do Banco Central reitera compromisso com meta de inflação de 4,5% em 2017

Ilan Goldfajn participou de um seminário em São Paulo (Foto: ABr)

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que a autoridade monetária está comprometida com uma meta de inflação de 4,5% em 2017. O índice é menor do que o projetado pelo mercado, que espera que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) chegue a 5,14%, de acordo com o Boletim Focus.

Goldfajn também afirmou que o BC deve “caminhar na direção de reformas microeconômicas” para evitar intervenções na economia, reduzir o custo do crédito e criar condições para o financiamento de investimentos produtivos de longo prazo. Ele participou da abertura de um seminário do Banco Central sobre riscos e estabilidade financeira em São Paulo nesta sexta-feira (12).

O presidente do BC defendeu a atuação do banco no mercado de câmbio, que tem se dado sobretudo por meio de swaps cambiais (equivalentes à venda futura da moeda americana). “O Banco Central, quando julgar necessário, utilizará com parcimônia as ferramentas de que dispõe”, disse.

Exportadores têm reclamado da valorização do real frente ao dólar desde o início do ano, o que torna os produtos brasileiros menos competitivos no exterior. A taxa de juros alta, de 14,25% ao ano, e o aumento da disponibilidade de capital estrangeiro explicam em parte o aumento do fluxo de dólares para o Brasil e outras economias emergentes.

Esse “interregno benigno de liquidez” do cenário internacional, porém, deve ser tratado com cautela, afirmou Goldfajn. “Há riscos à frente que podem ameaçar esse modesto crescimento global e essa disponibilidade de capital.” (Folhapress)

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