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Presidente do Congresso, Davi Alcolumbre cita emendas, pede “respeito mútuo” e diz que o Parlamento não deve ser “cerceado”

Na sessão que marcou a abertura do ano legislativo, Alcolumbre defendeu que os três Poderes devem “manter o respeito mútuo, respeitando as suas funções e limites”. (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), defendeu nessa segunda-feira (3), na sessão que marcou a abertura do ano legislativo, que os três Poderes devem “manter o respeito mútuo, respeitando as suas funções e limites”. Ao defender a harmonia, Alcolumbre reforçou a defesa feita no último sábado, quando foi eleito presidente da Casa, e citou o bloqueio das emendas parlamentares por decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), para dizer que “o Parlamento não deve ser cerceado”.

“A recente controvérsia sobre emendas parlamentares ao Orçamento ilustra a necessidade de respeito mútuo e diálogo contínuo. As decisões do Supremo Tribunal Federal devem ser respeitadas, mas é igualmente indispensável garantir que este Parlamento não seja cerceado em sua função primordial de legislar e representar os interesses do povo brasileiro, inclusive, levando recursos e investimentos à sua região”, afirmou.

O presidente do Congresso defendeu o estímulo ao empreendedorismo com responsabilidade fiscal.

“O brasileiro quer crescer, quer empreender, quer viver com dignidade. E nós temos que ser o instrumento para que isso aconteça. Vamos avançar na agenda fiscal, na geração de emprego e renda e no combate às desigualdades.”

Alcolumbre também defendeu um convívio harmônico entre governistas e opositores.Um legislativo forte é indispensável à liberdade democrática, com fiscalização do uso de recursos públicos. É um espaço de negociação e mediação social. Para isto, precisamos trabalhar de forma responsável. Uma oposição consciente é necessária e bem vinda na nossa democracia. Vamos reencontrar a cordialidade, o respeito mútuo e o diálogo. Precisamos voltar a ouvir antes de falar e falar sem agredir. O bem estar dos brasileiros deve estar acima das nossas conveniências políticas e eleitorais”, completou.

Pouco antes, deputados do PL organizaram uma manifestação contra o governo no plenário. Os parlamentares usaram um boné com a frase “Comida barata novamente, Bolsonaro 2026” e gritaram “nem picanha, nem café”, com a carne embalada nas mãos.

Após a abertura da sessão pelo presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (Uniao-AP), a oposição passou a gritar:Lula, cadê você? O povo está querendo o que comer”.

Em resposta, do lado esquerdo do plenário, a base do governo também puxou um coro:Sem anistia.”

A ideia da distribuição dos bonés foi do líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ). No sábado, dia de eleição dos presidentes das Casas, ministros de Lula e parlamentares governistas usavam bonés com a frase: “O Brasil é dos brasileiros”.

Em resposta a confusão, Alcolumbre chamou a atenção dos parlamentares.Queria pedir, na defesa do Congresso e em respeito a esta sessão, com a presença de autoridades, por favor, a cordialidade de todos e todas”, disse. As informações são do jornal O Globo.

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