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Presidente do Egito convida Lula para a conferência do clima da ONU na semana que vem

Vitória do petista abre nova etapa nas relações bilaterais, marcadas por afinidades em pautas climáticas. (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sissi, convidou o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27). O encontro ocorre entre os dias 6 e 18 de novembro em Sharm El Sheikh e contará com a participação de mais de 90 chefes de Estado.

“Convido você a vir ao Egito para participar da cúpula climática global COP27 em Sharm el-Sheikh”, disse o presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, segundo o porta-voz presidencial na última segunda-feira (31). Al-Sissi espera que o Brasil desempenhe um papel “positivo e construtivo” na cúpula, acrescentou.

Lula aceitou o convite e irá participar da Conferência. A informação foi confirmada pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

O petista vai integrar a comitiva do governador do Pará, Helder Barbalho, em nome do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal, e aproveitará o evento para reforçar ao mundo seu compromisso com a agenda ambiental. Gleisi não confirmou as datas da viagem, mas disse que a ida já está decidida.

Na segunda (31), de acordo com a agência de notícias Reuters, a ex-ministra do Meio Ambiente e deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP), aliada do presidente eleito, disse que Lula enviaria representantes para a COP 27.

Antes da eleição, ela já havia afirmado que a equipe de Lula pretende levar para o evento uma proposta de revisar as metas nacionais de emissão de gases do efeito estufa, inclusive com a intenção de tornar mais ambiciosa a própria meta brasileira.

Impacto da eleição 

Cientistas do clima e ambientalistas reiteraram a enorme importância dos resultados das eleições no Brasil, onde fica a maior parte da floresta amazônica.

Bolsonaro se tornou uma figura detestada pelos defensores do meio ambiente por seu apoio às atividades madeireiras e mineradoras em áreas protegidas da maior floresta tropical do planeta. Durante seu governo, a extração de madeira e os incêndios florestais cresceram exponencialmente e a floresta amazônica começou a liberar mais carbono do que absorve, mostram pesquisas.

Embora o histórico ambiental de Lula não seja impecável, ativistas dizem que não há comparação entre ele e Bolsonaro. Lula (que foi presidente entre 2003 e 2011) disse que durante seu novo mandato ele se esforçará para alcançar o “desmatamento zero”.

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