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Presidente do partido de Bolsonaro diz que usou uma metáfora quando disse que todo mundo tinha uma minuta do golpe em casa

Valdemar Costa Neto se equilibra entre as alas governista e bolsonarista. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Em depoimento à Polícia Federal nessa quinta-feira (2), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que usou uma “metáfora” quando disse que “todo mundo” tinha uma minuta do golpe em casa.

Em entrevista ao jornal O Globo, Valdemar disse que integrantes e interlocutores do governo Jair Bolsonaro tinham, em suas casas, propostas similares à “minuta do golpe”, encontrada pela Polícia Federal na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança pública do Distrito Federal.

No depoimento prestado à PF, o presidente do PL apontou que recebeu “duas ou três propostas” da “minuta do golpe”. Segundo ele, os documentos não tinham identificação e que “simplesmente moía” os textos.

O presidente do PL contou que “nunca levou ao conhecimento do partido” e que não tratou do assunto com Bolsonaro.

Valdemar também colocou à disposição da PF seu celular para que o aparelho seja analisado.

Anderson Torres

Valdemar disse que nos quatro anos do governo do ex-presidente Bolsonaro foi “apenas uma vez” ao Ministério da Justiça, que “não tinha relações com Anderson Torres” e que não conhecia ninguém do alto comando da Polícia Militar do DF.

Torres foi detido em 14 de janeiro, e é investigado por suspeita de omissão e conivência com os atos extremistas cometidos por manifestantes radicais em Brasília, no dia 8 de janeiro. À ocasião, ele era o secretário responsável pela segurança na capital, mas nega as acusações.

Durante uma operação realizada pela PF na casa do ex-ministro, foi encontrada uma minuta de um decreto para instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mudar o resultado das eleições de 2022.

Anderson Torres comentou que recebeu o documento de populares e que pretendia descartá-lo.

Celular

Após o depoimento na PF, Costa Neto entregou o celular para os investigadores. Conforme informações do portal Uol, a oitiva foi encerrada perto das 16h dessa quinta.

O depoimento foi determinado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito que apura o documento que pretendia decretar estado de defesa no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) encontrado na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

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