Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 2 de abril de 2024
O presidente do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, Valdemar Costa Neto, busca uma “entidade séria” e ajuda de deputados e senadores para rifar a pepita de ouro que foi apreendida pela Polícia Federal (PF) durante operação de busca e apreensão em fevereiro.
Valdemar quer que seus advogados peçam a pepita de ouro de volta para o STF para poder realizar a venda. A defesa disse que vai pedir, mas que aguarda sair o laudo definitivo do material.
Segundo informações do PL, a pepita estaria avaliada em R$ 11 mil.
Perícia
Uma perícia prévia realizada pela PF indicou que a pepita de ouro de 39 gramas é uma peça rara de coleção e foi extraída de um garimpo fora do território brasileiro. O objeto foi apreendido em uma residência de propriedade de Valdemar, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra ele.
De acordo com informações do jornal O Globo, as análises técnicas apontam que a peça não corresponde ao solo e às formações rochosas da região amazônica. A PF dispõe do programa Ouro Alvo, que mantém um banco de amostras de perfis de tipos de ouro, permitindo a identificação da origem das pedras preciosas apreendidas em operações.
A perícia concluiu que a raridade da pepita se deve aos indícios de que ela foi extraída com aquele tamanho da chamada “rocha mãe”. Na maioria das vezes, o ouro é encontrado em fragmentos bem menores.
A constatação também reforçou a suspeita de que a peça seja proveniente de algum garimpo artesanal, já que na mineração industrial as rochas são detonadas com explosivos, o que impede a descoberta de objetos desse tamanho.
Os peritos também indicam que a rocha de origem da pepita parece ser de formação recente, o que sugere que ela pode ter vindo de algum local próximo, como os Andes na América do Sul, ou da Costa do Pacífico nos Estados Unidos e Canadá.