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Presidente do Partido Progressistas fala sobre a eleição para presidente da República: “Tarcísio é o melhor para 2026, mas está deixando a desejar na articulação”

"Sou um admirador do Tarcísio, mas acho que a competência dele talvez seja o maior obstáculo", disse Ciro Nogueira. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

Presidente do Partido Progressistas, Ciro Nogueira não esconde a irritação com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, por ele ter dividido aliados no Estado durante as eleições.

O senador aponta um acúmulo de insatisfações e afirma que, para se chegar à Presidência, como o gestor é cotado, não se pode cometer alguns erros. Um deles é agir como se estivesse em um “concurso público”.

Nogueira, que tenta se cacifar como vice de uma candidatura de direita, afirma que Tarcísio é, atualmente, o melhor nome no campo político para disputar as eleições de 2026, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro siga inelegível até lá.

1) O senhor disse que Tarcísio de Freitas “dividiu a direita” em São Paulo. Por quê?

Sou um admirador do Tarcísio, mas acho que a competência dele talvez seja o maior obstáculo. Nós temos um problema. Ele pode vir a se tornar o candidato do presidente Bolsonaro para 2026, mas São Paulo, desde Jânio, não elege um presidente e, quando elegeu, foi por sete meses. Poucos políticos têm o currículo dele. Ele está deixando a desejar muito na articulação política. Tem muita insatisfação no nosso partido, no União Brasil, no partido dele, no PL. Hoje só tem um partido que está feliz, com o qual não sei se ele vai contar (em 2026) porque é um partido mais governista, o PSD.

2) É a influência do Kassab?

Kassab soube utilizar muito bem, tanto que elegeu a quantidade de prefeitos que elegeu e não foi por conta das bandeiras do PSD. Foi por conta da máquina e da influência do governador Tarcísio. Tem que dar parabéns para o Kassab.

3) Com Bolsonaro inelegível, quem é o melhor nome da direita para atrair o centro?

O melhor candidato hoje, pelas pesquisas, é o Tarcísio, se ele for capaz de aglutinar esses partidos. Mas isso depende da articulação dele e também do apoio do presidente Bolsonaro.

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