Ícone do site Jornal O Sul

Presidente do PSD diz que Tarcísio não será candidato a presidente da República em 2026 e aposta em lançar Ratinho Júnior

O dirigente partidário projeta que, sem Tarcísio, a centro-direita chegará fragmentada no ano que vem. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, disse que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não será candidato a presidente na eleição de 2026. O dirigente partidário avalia que o chefe do Executivo paulista é o nome mais forte para enfrentar Luiz Inácio Lula da Silva ou outro candidato do PT no próximo pleito, mas ressaltou que Tarcísio tem se manifestado que não deseja disputar a Presidência no ano que vem.

“Ele não será candidato e tem deixado isso claro. Portanto, é uma decisão dele que a gente tem que respeitar”, afirmou Kassab, que é secretário de Governo de Tarcísio, a jornalistas após uma reunião na Associação Comercial de São Paulo.

O dirigente partidário projeta que, sem Tarcísio, a centro-direita chegará fragmentada no ano que vem e cada partido lançará seu candidato. Ele citou, por exemplo, Ronaldo Caiado (União), Romeu Zema (Novo) e acrescentou que neste caso o PSD trabalhará na candidatura do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD).

“O partido estará muito bem representado se for ele. Teremos uma dobradinha boa do Tarcísio no Estado e ele, nacionalmente,” continuou Kassab. Nos bastidores, aliados de Tarcísio apontam que o secretário pretende ser vice na chapa do governador à reeleição no ano que vem. “Isso é uma bobagem. Quem vai comandar toda a estruturação da chapa será o governador Tarcísio. Qualquer que seja a chapa definida por ele, terá o nosso apoio”, respondeu Kassab ao ser questionado sobre a possibilidade.

Kassab enfrenta a concorrência de André do Prado (PL), presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL) também são cotados para encabeçar uma chapa caso Tarcísio não dispute a reeleição.

Bolsonaro está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na semana passada como líder da organização criminosa que tentou dar golpe de Estado após ser derrotado na eleição de 2022. Se for condenado, pode pegar até 43 anos de prisão.

Tarcísio publicou nas redes sociais que seu candidato é o ex-presidente. Nos bastidores, o chefe do Executivo paulista repete o que tem dito em público e acrescenta que conhece a estratégia do padrinho político e estará com ele até o final.

Bolsonaro continuará a dizer que é pré-candidato ao Palácio do Planalto para não perder força política enquanto tenta evitar uma condenação no Supremo Tribunal Federal (STF) — tática semelhante à de Lula, que mesmo preso insistiu em uma candidatura em 2018. (Estadão Conteúdo)

Sair da versão mobile