Ao finalizar a penúltima sessão plenária do Senado, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), comemorou a produção legislativa do ano “apesar da crise” e afirmou que o Congresso entrará em recesso a partir da próxima semana. A suspensão dos trabalhos legislativos estava sob ameaça por causa da tramitação do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.
Inicialmente, o governo queria acelerar o caso devido à avaliação de que tinha maioria para barrá-lo ainda na Câmara. Com isso, o Planalto queria articular a suspensão do recesso. “É encerrar. Votar tudo que se refere ao Orçamento de 2016 de forma definitiva e encerrar, fazer o recesso. A produção do Senado foi muito boa, apesar da crise”, disse ao deixar a Casa.
Calheiros, no entanto, não esclareceu se pretende fazer o recesso normal, que inicia em 23 de dezembro e vai até o 1 de fevereiro, ou se pode convocar a retomada dos trabalhos em meados de janeiro, como defende o governo. Apesar da falta de detalhamento, essa foi a primeira vez que Calheiros falou claramente sobre a manutenção do recesso parlamentar. Em conversas privadas com aliados nesta semana, ele avaliou que é preciso “baixar a temperatura” política.
O presidente do Senado convocou uma sessão conjunta do Congresso para a manhã desta quinta-feira (17) para votar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e o Orçamento do próximo ano. Além disso, ele quer realizar uma última sessão do Senado para votar um projeto de lei de responsabilidade das empresas estatais. (Folhapress)