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Presidente do Supremo diz que a atuação da Corte na pandemia de coronavírus está na vanguarda mundial

Ao longo do Dia da Independência, os ministros acompanharam as manifestações que, nos bastidores, avaliaram como eleitoreiras, mas, ainda assim, bastante graves. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, defendeu que a Corte está na vanguarda dos tribunais constitucionais do mundo por já ter julgado diversas questões sensíveis ligadas à pandemia do novo coronavírus.

No seminário virtual “Cortes Constitucionais, Democracia e Governança”, promovido pelo STF em conjunto com a ONU (Organização das Nações Unidas) e a Universidade de Oxford, Fux apresentou, nesta quinta-feira (22), a publicação em inglês de uma coletânea com julgamentos do STF ligados à pandemia, que podem servir de “balizas interpretativas” para outras Cortes constitucionais do mundo.

“Posso arriscar que, tendo em vista a emancipação constitucional brasileira, os valores que ela traz no seu bojo, o Supremo Tribunal Federal está à frente de várias outras Cortes no julgamento de casos que nós já decidimos e que as outras Cortes ainda sequer decidiram”, disse Fux ao comentar a coletânea.

Ele acrescentou que o Supremo “deu um passo à frente”, já tendo julgado questões relativas aos conflitos federativos e a questões econômicas antes de outras Cortes do mundo.

O volume sobre a pandemia deve ser o primeiro de uma série de publicações de julgamentos do STF em inglês, uma das iniciativas anunciadas por Fux para a internacionalização da Corte. Ele também divulgou a criação de uma revista acadêmica e de um laboratório para a criação de inovações tecnológicas no Judiciário.

Agenda 2030

Nesta quinta-feira, Fux anunciou também que o Supremo irá agilizar o julgamento de processos que promovam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável presentes na Agenda 2030 da ONU.

Em pronunciamento na abertura do seminário virtual, o secretário-geral da ONU, António Guterres, agradeceu a iniciativa. “O sistema judicial brasileiro mostra que é possível inovar”, afirmou.

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