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Presidente do Supremo diz que o valor de um tribunal não pode ser aferido em pesquisa de opinião

de cada cem execuções fiscais que tramitam na Justiça, apenas 12 são concluídas. (Foto: Roberto Jayme/TSE)

Após divulgação da pesquisa do Datafolha sobre a aprovação de instâncias políticas do Brasil, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, disse que “o valor de um tribunal não pode ser aferido em pesquisa de opinião”.

Em entrevista neste domingo (10) na COP28 Américo Martins, em Dubai, Barroso diz que a missão do tribunal é interpretar a Constituição, e que esse caminho, com frequência, desagrada “grupos poderosos”.

“Sejam grupos econômicos, seja o governo, sejam ambientalistas, sejam agricultores ou sejam indígenas. O arranjo constitucional brasileiro faz com que cheguem ao judiciário as questões mais divisivas da sociedade brasileira. E nós precisamos decidi-las”, explica o presidente do Supremo.

“São questões que dividem a sociedade, são questões em relação as quais existem desacordos morais razoáveis”, diz. Dados do Datafolha divulgados no último sábado (09) indicaram que a rejeição do STF cresceu de 31% para 38% desde o ano passado, enquanto a aprovação diminuiu de 31% para 27%.

Barroso diz que, tendo em vista a quantidade de casos debatidos no STF, a rejeição é “até modesta” e que não o preocupa. “O tribunal precisa fazer a coisa certa”, pontua o presidente do STF.

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