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Política Presidente do Supremo se reúne com o presidente do Google para discutir uso da Inteligência Artificial no Poder Judiciário

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Barroso demonstrou preocupação com os possíveis maus usos da tecnologia na disseminação de desinformação. (Foto: Divulgação/CNJ)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, reuniu-se com o presidente do Google no Brasil, Fábio Coelho, e o vice-presidente da empresa global, James Manyika, na última quarta-feira (12). O tema do encontro foi a ampliação da utilização da Inteligência Artificial (IA) no Poder Judiciário brasileiro.

Barroso afirmou que o emprego da IA pode aprimorar a eficiência da Justiça:

“Estamos trabalhando no desenvolvimento de ferramentas capazes de resumir os processos e, também, de busca de precedentes. Na medida em que a jurisprudência se tornou mais importante no Direito brasileiro, com a obrigatoriedade da observância das decisões dos tribunais superiores, é fundamental facilitar a busca dos precedentes”.

O ministro lembrou, também, dos riscos e impactos causados pelo mau uso das ferramentas, além do seu potencial de massificar a desinformação. Em resposta, Manyika afirmou que a empresa está à disposição para participar de projetos conjuntos com o Judiciário.

Lula

Na última terça (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que cientistas brasileiros precisam “criar vergonha” e desenvolver uma ferramenta brasileira de IA. Ele disse que se reuniu com o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e pediu apresentação de um projeto para julho.

O conselho reúne cientistas de todo País e está vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, pasta chefiada pela ministra Luciana Santos.

“Se Inteligência Artificial é tão importante, por que a gente fica esperando para copiar o que os Estados Unidos? Por que a gente fica esperando pra copiar o que o Japão fizer? Por que a gente fica esperando pra fazer o que a Coreia fizer?” declarou o presidente.

O petista disse ainda ter incentivado os cientistas e pensar em inovações ligadas ao tema.

“Eu desafiei os nossos cientistas: ‘vamos criar vergonha’. Vai ter uma Conferência Nacional em julho, e vocês tratem de me apresentar um produto de inteligência artificial em língua portuguesa, criado pelos brasileiros. Porque a gente não vai permitir que nos roubem a criação da Inteligência Artificial, assim como foi roubada a criação avião”, seguiu.

No começo do ano, o presidente chegou a afirmar que o Brasil não precisava de Inteligência Artificial, mas seria necessário regularizar o uso da ferramenta.

O uso de IA é um dos temas que o chefe do Planalto pretende levar para reunião do G20, em novembro, no Rio de Janeiro. Esta será a primeira vez que o Brasil preside a cúpula.

O Brasil ocupa a presidência do bloco até novembro de 2024, e tem o poder de conduzir discussões e pautar temas de debate entre representantes das maiores economias do mundo.

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