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Presidente do TSE afirma que violência na campanha afeta a democracia

Cármen Lúcia pediu que partidos e candidatos se deem ao respeito e "tomem tenência". (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fez um discurso na abertura da sessão desta terça-feira (24) em que criticou os recentes episódios de violência na campanha eleitoral, alguns deles partindo dos próprios políticos e seus assessores. Cármen Lúcia pediu que partidos e candidatos se deem ao respeito e “tomem tenência”.

A magistrada não citou nenhum caso específico de violência, mas a fala ocorre um dia após um integrante da campanha de Pablo Marçal (PRTB) à prefeitura de São Paulo ter agredido um assessor do prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, no fim de um debate organizado pelo Grupo Flow na noite de segunda-feira (24).

Há 10 dias, outro episódio da eleição paulistana que chamou a atenção do País inteiro foi a cadeirada desferida pelo candidato José Luiz Datena (PSDB) em Marçal durante um debate.

“Há que se exigir, em nome do eleitorado brasileiro, que candidatos e seus auxiliares de campanha deem-se ao respeito. E, se não se respeitam, respeitem a cidadania brasileira, pois ela não está à mercê de cenas e práticas que envergonham e ofendem a civilidade democrática. Há que conclamar também os partidos políticos a que tomem tenência”, afirmou a presidente do TSE.

Para Cármen, “política não é violência, é a superação da violência”.

“Violência praticada no ambiente da política desrespeita não apenas o agredido, senão que ofende toda sociedade e a própria democracia”, declarou.

A ministra disse ainda que vai pedir celeridade aos órgãos responsáveis na apuração e condenação de casos de agressões eleitorais.

“Estou encaminhando ofício à Policia Federal, ao Ministério Público Federal e aos presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais para que eles deem celeridade, efetividade e prioridade às funções que exercem, de investigação, acusação e julgamento de atos contrários ao Direito Eleitoral e agressivos à cidadania, aos casos de violência da mais variada deformação, que se vêm repetindo neste processo eleitoral em curso e que afrontam até mesmo a nobilíssima atividade da política, tão necessária”, explicou.

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