Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de julho de 2024
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou na terça-feira (16) que é hora de proibir a arma usada na tentativa de assassinato de Donald Trump, ao comentar sobre impacto da violência armada nas comunidades americanas em Nevada, onde discursou na convenção nacional da NAACP, um importante encontro de eleitores negros.
“Um AR-15 foi usado no tiroteio contra Donald Trump. Esta foi a arma de assalto que matou tantos outros, incluindo crianças. É hora de proibi-las”, disse Biden.
Em uma provável referência ao seu envolvimento na aprovação da lei de 1994 que proibia armas de assalto, a qual expirou 10 anos depois, Biden afirmou: “Eu fiz isso uma vez e farei novamente”.
Esse foi o primeiro discurso político do presidente após o atentado contra Trump. Sua campanha suspendeu imediatamente seus anúncios televisivos, interrompeu ataques verbais ao ex-presidente e focou, em vez disso, em uma mensagem de união.
A Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês), a mais antiga e maior organização de direitos civis dos EUA, representa um eleitorado chave para o Partido Democrata. Embora os negros tenham apoiado Biden fortemente em 2020, pesquisas têm mostrado um apoio decrescente entre os eleitores negros nesta eleição.
Ao encerrar seu discurso em Nevada, Biden defendeu sua capacidade de continuar servindo como presidente, apesar das crescentes preocupações entre os democratas sobre sua idade avançada.
“Espero que, com a idade, eu tenha demonstrado um pouco de sabedoria. Eis o que eu sei: eu sei como dizer a verdade. Eu sei distinguir o certo do errado. Eu sei como fazer este trabalho, e sei que o bom Senhor não nos trouxe até aqui para nos abandonar agora, há mais trabalho a ser feito”, disse o presidente.
Seus comentários surgiram em meio a relatos de que o Comitê Nacional Democrata está se movendo rapidamente para nomear Biden, e assim acabar com uma rebelião de legisladores e outros preocupados com sua capacidade de derrotar Trump.
Pesquisa
Em outra frente, uma pesquisa realizada pela Morning Consult e divulgada pela revista norte-americana Newsweek, na terça-feira (16), apontou que tanto eleitores do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quanto pessoas que querem a volta do ex-presidente Donald Trump à Casa Branca acreditam em teorias da conspiração sobre a tentativa de assassinato do candidato republicano no fim de semana.
Um terço dos que apoiam o atual presidente disse acreditar que o ataque poderia ter sido uma armação para aumentar a popularidade de Trump.
Até mesmo apoiadores do republicano acreditam na encenação do atentado: cerca de 12% eleitores do bilionário suspeitam que o evento foi planejado.
No total, um em cada cinco eleitores (20%) avalia que a teoria de que o tiroteio foi encenado era “confiável”, embora a maioria (cerca de 62%) tenha dito que a suposição “não era confiável”. Os eleitores restantes estavam inseguros ou não tinham opinião sobre o assunto. As informações são do jornal Valor Econômico e da revista Carta Capital.