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Mundo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden não sabia de ação contra Donald Trump, diz a Casa Branca

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FBI realizou buscas na residência de Mar-a-Lago do ex-presidente americano Donald Trump. (Foto: Reprodução)

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou em coletiva nesta terça-feira (9) que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, “não foi informado” sobre a ação do FBI (polícia federal americana) na casa de seu antecessor, Donald Trump, em Mar-a-Lago, na Flórida.

“O Departamento de Justiça é independente e conduz as suas investigações de maneira autônoma. O presidente Joe Biden não foi informado. Ninguém da Casa Branca sabia”, afirmou aos jornalistas.

Documentos ilegais

O empenho de Trump em ocultar o conteúdo documentos oficiais — mais do que simplesmente manuseá-los — deve ter sido a razão pela qual o FBI optou pela busca em sua mansão de Mar-a-Lago, sugerem analistas.

“Os advogados de Trump estavam negociando com o Departamento de Justiça e o Arquivo Nacional a devolução dos documentos”, disse o cientista político Norman J. Ornstein, acadêmico do American Enterprise Institute, um centro de estudos conservador de Washington. “Mas tinha ficado claro que ele havia mentido e tentado destruir alguns documentos. Foi isso que motivou a busca surpresa, em vez de um pedido para que os papéis fossem entregues”, prosseguiu.

“Há poucas dúvidas de que esses documentos [que foram apreendidos na busca] são particularmente sensíveis, seja porque ameaçam à segurança nacional ou porque são incriminatórios para ele — ou ambos”, analisou o especialista, co-autor de “It’s even worse than it looks” (É ainda pior do que parece), sobre a ascensão do extremismo ideológico na política dos EUA.

“Ainda que seja possível que tenhamos um resultado como o do caso de Al Capone, na qual se obtém a condenação de alguém por um delito menor, é preciso observar que a violação perpetrada por Trump é suficientemente grave. Ele deixou a Casa Branca levando consigo ilegalmente pelo menos 15 caixas de documentos confidenciais”, afirmou Ornstein.

Ornstein explica que “mesmo que esses documentos tenham sido desclassificados por ele, isso é ilegal”. O grau de confidencialidade dos registros não ficou claro, uma vez que o FBI e o Departamento de Justiça se recusaram a fazer comentários sobre as investigações.

Todos os documentos oficiais de um presidente, por mais triviais que sejam, são considerados propriedade pública, de acordo com a Lei de Registros Presidenciais, de 1978. Quando o presidente deixa o cargo, esses papéis vão para o Arquivo Nacional.

A lei de 1978 substituiu uma regulamentação de 1974 que se aplicava especificamente ao ex-presidente Richard Nixon para impedi-lo de destruir 42 milhões de páginas de documentos e 880 gravações de sua presidência, incluindo muitas relacionadas ao escândalo de Watergate.

“Nunca tinha ouvido uma única história sobre Bill Clinton, George W. Bush ou Barack Obama pegando aleatoriamente documentos confidenciais e levando-os com eles”, disse à agência “Bloomberg” David Priess, que costumava entregar o Briefing Diário Presidencial confidencial a esses presidentes. “Acompanho isso há 20 anos e, até Trump, não tinha ouvido membros da equipe presidencial relatarem essa preocupação”, afirmou Priess.

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