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Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden se reúne com seu colega Xi Jinping, da China, nesta sexta-feira para falar sobre a guerra na Ucrânia

Pequim cancelou a colaboração em áreas como meio ambiente, parcerias militares e defesa, e acusa Washington de minar sua soberania. (Foto: Reprodução)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falará nesta sexta-feira (19) com o presidente chinês Xi Jinping. Segundo a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, a conversa faz parte de “nossos esforços contínuos para manter linhas abertas de comunicação entre os Estados Unidos e a República Popular da China” e vai discutir, dentre outros assuntos, a guerra da Ucrânia.

“Os dois líderes discutirão o gerenciamento da competição entre os nossos dois países, assim como a guerra da Rússia contra a Ucrânia e outras questões de interesse mútuo”, afirmou a Casa Branca no comunicado.

A conversa acontece no momento em que os Estados Unidos alertam a China contra a prestação de assistência à Rússia durante a invasão à Ucrânia.

Na segunda-feira (14), em Roma, o conselheiro de segurança norte-americano Jake Sullivan emitiu uma advertência direta a seu colega chinês sobre as possíveis consequências de qualquer ajuda que Pequim possa fornecer à Rússia após o recente pedido de Moscou por equipamento militar.

A reunião de sete horas entre Sullivan e Yang Jiechi, planejada há várias semanas, ganhou maior urgência à medida que a guerra da Rússia contra a Ucrânia se arrastava sem nenhum sinal de fim.

O diálogo entra na agenda diplomática de Joe Biden para discutir a situação entre a Ucrânia e a Rússia. Na semana que vem, o presidente norte-americano viaja à Europa para participar de uma reunião dos líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da cúpula da União Europeia.

Os EUA e outros países ocidentais têm pressionado a China a condenar explicitamente a invasão da Ucrânia pela Rússia. Além disso, eles alertam que haverá “consequências” para o país se Pequim ajudar Moscou a contornar as sanções econômicas impostas ao Kremlin após o início do conflito.

Autoridades chinesas, por sua vez, culpam os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar ocidental, pelo conflito e criticam as sanções econômicas impostas à Rússia.

Autoridades da China disseram nesta quinta-feira (17) que tomarão as “medidas necessárias” para proteger as empresas do país das sanções aplicadas pelo Ocidente à Rússia por causa da invasão da Ucrânia.

As declarações foram feitas pelo porta-voz do Ministério do Comércio, Gao Feng, após uma pergunta sobre os alertas dos Estados Unidos para as “consequências” que a China poderia enfrentar se ajudar a Rússia a driblar as sanções ocidentais.

O porta-voz afirmou que a China tomará as medidas necessárias para proteger os interesses comerciais das empresas do país, mas não deu detalhes sobre o que Pequim pretende fazer.

Gao reiterou que a China se opõe a qualquer forma de sanção unilateral e criticou longo escopo das medidas anunciadas por EUA e aliados, dizendo que elas não têm base no direito internacional.

“A imposição de sanções econômicas não apenas não resolverá os problemas de segurança, mas também prejudicará a vida normal das pessoas nos países relevantes, perturbará o mercado global e prejudicará a economia mundial já em desaceleração”, disse Gao. As informações são dos jornais The Washington Post e Valor Econômico.

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