O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, afirmou neste domingo (17) que vai enviar um projeto de legalização do aborto, com a intenção de que seja aprovado “o quanto antes”.
“Vou tentar que saia o quanto antes. Não depende só de mim”, declarou ao jornal Página/12 consultado se uma “lei do aborto” poderia ser apresentada ao Congresso ainda neste ano, no período de sessões extraordinárias.
Fernández disse ser “um defensor de dar fim à criminalização do abordo” e garantiu que enviará um projeto de lei ao Congresso assim que assumir o governo, em 10 de dezembro, sem esclarecer se vai procurar apenas descriminalizar ou legalizar a prática, como pedem os movimentos de mulheres.
Na Argentina, o aborto só é permitido em casos de estupro, ou se a vida da mulher está em risco. Em 2018, em meio a enormes mobilizações de mulheres, pela primeira vez se debateu um projeto de lei de aborto legal no Congresso argentino. Ele foi aprovado pelos deputados, mas rejeitado no Senado, casa legislativa tradicionalmente mais conservadora.