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Presidente eleito da Argentina usará Mercosul para pressionar a Venezuela

Macri (segurando uma cartola) disse que repressão venezuelana não tem a ver com seu compromisso democratico com os argentinos. Foto: Ricardo Mazalan/AP

Poucas horas depois de confirmada a vitória, o presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, começou a dar indicações de como tratará a política exterior. Ele disse que pretende tirar o Mercosul do estágio de congelamento e classificou o Brasil como o principal sócio.

Um tema, porém, poderá causar atrito entre os dois principais parceiros do bloco: o tratamento dado à Venezuela, governada com mão de ferro por Nicolás Maduro. Nas palavras de Macri, o líder venezuelano age com abuso e perseguição contra os opositores.

O novo chefe de Estado da Argentina declarou que é evidente que se aplicará essa cláusula, porque as denúncias são claras e contundentes. Não são uma invenção. “Não tem a ver com o compromisso democrático que assumimos”, completou. Lilian Tintori, mulher do dissidente venezuelano preso Leopoldo Lopez, foi domingo a Buenos Aires, onde acompanhou a apuração dos votos da eleição presidencial na sede da coligação Mudemos, encabeçada por Macri.

A vitória do político na Argentina representa uma baixa na esquerda latino-americana, que congrega lideranças como o boliviano Evo Morales e o equatoriano Rafael Correa. (AD)

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