O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a falar a jornalistas sobre a repercussão das mensagens vazadas que seriam do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, com o procurador Deltan Dallagnol. Bolsonaro já havia falado em defesa de Moro, anteriormente, e destacado sua atuação durante a Operação Lava Jato. No entanto, neste sábado, o chefe do Executivo federal foi mais cauteloso.
“Eu não sei das particularidades da vida do Moro, eu não frequento a casa dele, ele não frequenta minha casa, mas mesmo assim meu pai dizia pra mim: confie 100% só em mim e na mãe”, declarou o presidente. Ele apontou, novamente, o trabalho que considerou positivo do ex-juiz. “Moro foi o responsável não de botar um ponto final, mas de buscar uma inflexão na questão da corrupção, diminuindo drasticamente”, afirmou Bolsonaro.
Apesar de deixar claro que não deposita sua total confiança em ninguém, o presidente disse não ter ressalvas quanto ao ministro. “Quanto a minha pessoa zero, zero”, garantiu ele.
Reforma da Previdência
Durante a fala à imprensa, Jair Bolsonaro ainda se manifestou sobre o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentado na quinta-feira na Câmara. “[Com] a proposta que tá aí, o meu governo está garantido. A crise virá para 2023, 2024. A gente não quer deixar para o futuro governo que me suceder essa dor de cabeça da Previdência, não podemos continuar vivendo esse fantasma, nessa agonia”, salientou o presidente, que complementou que “a bola está com o parlamento”.