Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Flavio Pereira | 19 de dezembro de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O presidente Jair Bolsonaro tem pautado a imprensa nacional e a própria classe política. Suas declarações, feitas normalmente na saída do Palácio da Alvorada – residência oficial da Presidência – sobre os temas mais variados, ganham. em questão de horas, uma dimensão nacional e até internacional. Nem jornalistas, nem a classe política gostam de admitir: mas a pauta tem sido as declarações do presidente da República.
Restrições a jornalistas
Jair Bolsonaro não esconde sua inconformidade com a forma como alguns veículos tratam suas declarações, interpretando-as, na sua ótica, sempre sob o ângulo mais negativo possível. A frequência com que essas situações têm ocorrido fizeram com que ele banisse da sua agenda de entrevistas exclusivas, veículos como O Globo e a Folha de São Paulo.
O Fundo Eleitoral: veta ou sanciona?
Ontem, quarta-feira, mais uma vez o presidente repetiu o hábito. Saiu por volta de oito horas do Palácio da Alvorada e, no portão principal, fez o motorista parar para que ele conversasse com dezenas de admiradores que o aguardavam para conversas e selfies. Neste momento, não em assunto proibido. Ali, ele transforma a conversa, separado apenas pela cerca de proteção, no seu palanque diário. Alguns pediram ontem que Bolsonaro vetasse o Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões aprovado pelo Congresso Nacional para o orçamento de 2020. Sobre isso, lançou uma dúvida que logo a seguir pautou imprensa e políticos: admitiu que está em dúvida e até cogitou que haveria a possibilidade de veto.
Na Casa Civil, ritmo frenético
A agenda do ministro Onyx Lorenzoni é impressionante. Um dos primeiros a chegar no Palácio do Planalto, já encontra pela manhã sobre sua mesa questões de alta complexidade para dar andamento. Não é para menos: o presidente Jair Bolsonaro entregou ao ministro gaúcho o estudo sobre as 14 estatais brasileiras que iniciarão o processo de privatização, com a expectativa de arrecadar 2 trilhões de reais. O pacote, que inclui os Correios e até a Casa da Moeda, é uma das mais ousadas apostas da gestão, embora boa parte das propostas ainda dependa de incerta aprovação do Congresso Nacional, onde é forte a pressão de funcionários das empresas públicas. Onyx recebe ainda parlamentares de diversos Estados com os quais costuma tirar a febre do cenário político nacional e regional.
Em Brasília
O colunista passou esta semana em Brasília acompanhando a rotina do governo federal.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.