Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 9 de dezembro de 2023
O Ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), tem contado com apoio reforçado na Esplanada dos Ministérios para a sabatina que enfrentará no Senado, na próxima quarta-feira (13). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escalou ministros para conversar com senadores de seus respectivos partidos ou estado em busca de diminuir resistências ao nome do indicado ao Supremo Tribunal Federal. Para ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Dino precisa de 41 votos do total de 81 senadores.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, confirmou à CNN que entrou em campo por Dino. Waldez procurou o senador Lucas Barreto (PSD-AM), parlamentar do estado de Alcolumbre. “Todos devemos contribuir, pois o STF e o Brasil ganharão um grande magistrado, defensor da democracia e da justiça”, disse.
O ministro André Fufuca (PP), que é do Maranhão e próximo a Dino, também confirmou que tem articulado junto a bancada do PP para viabilizar apoio ao ministro.
No primeiro escalão de Lula, Alexandre Padilha (PT) tem participado de conversas com senadores. No Planalto, a aprovação de Dino é tratada como prioridade.
Senadores da base também têm ajudado o ministro da Justiça a tentar vencer resistências com jantares promovidos a parlamentares.
Na próxima semana, às vésperas da sabatina, a ex-senadora Katia Abreu (PP-TO) promoverá um encontro para turbinar as articulações pela aprovação de Dino.
Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso, também já reuniu senadores para tratar do assunto, logo depois de a indicação de Lula ser oficializada.
Corpo a corpo
“Tenho procurado indistintamente todos os senadores e tenho sido muito bem tratado. Tudo ocorre de acordo com a normalidade. Muitos votos garantidos, outros dizem que vão pensar, e ninguém até agora disse ‘não’”, disse Flávio Dino sobre cerca de 50 políticos procurados, em conversa constante esta semana com os parlamentares. Além de ter garantido o voto de 20 aliados na CCJ, outros 30 teriam dito que ou irão apoiá-lo ou estão “pensando”.
Mas todos estes 50 votos não estão garantidos. O fato de a sabatina de Dino ocorrer simultaneamente à de Paulo Gonet, indicado para o comando da PGR (Procuradoria-Geral da República), também pode facilitar a aprovação, que ocorreria de forma mais breve para permitir as duas sabatinas.