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Presidente nacional do PSD usa a expressão “tentativa de golpe” para definir o que houve no País após a eleição de Lula

Gilberto Kassab avalia que não é bom para o País ter um ex-presidente da República inelegível. (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Durante entrevista, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, diz que gostaria que o 8 de janeiro não tivesse acontecido, mas usa a expressão “tentativa de golpe” para definir o que aconteceu. Ele defende o centro político comparando com o ser humano.

“O ser humano tem a orelha esquerda, a orelha direita e a cabeça no centro”. Ele diz que o partido tem um projeto presidencial, e define o PSD como um partido que tem um projeto liberal na economia e forte ação social.

O PSD venceu até agora em 882 e tem dez disputas no segundo turno, entre elas duas capitais Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR), Piracicaba (SP), São José dos Campos (SP), Ribeirão Preto (SP), Caucaia (CE), Londrina (PR), Uberaba (MG), Olinda (PE), e Canoas (RS). Ele é considerado o vencedor dessas eleições. Kassab sustenta que o seu partido, o PSD, está “conseguindo conquistar o centro”.

“Eu acho que mais do que a esquerda, o PSD está conseguindo conquistar o centro. São duas candidaturas de oposição às nossas que são de direita, têm o nosso respeito, mas nós vamos vencer as eleições, as pesquisas são muito favoráveis, porque mostra com muita nitidez que o eleitor de centro em Belo Horizonte, o eleitor de centro em Curitiba, ele quer uma proposta mais moderada e os candidatos que abraçam essa moderação do diálogo é justamente o Fuad, em Belo Horizonte e o Eduardo, em Curitiba. Eu acredito que são candidatos atrelados a lideranças importantes no campo da centro-direita, o Eduardo e o Fuad, e que, nessa reta de chegada no segundo turno, estão se distanciando nas pesquisas, porque mostram que o adversário está com dificuldade de avançar no centro, e eles estão avançando com muita nitidez.”

Sobre Bolsonaro, Kassab avalia que não é bom para o País ter um ex-presidente da República inelegível e afirma que a democracia brasileira sofreu uma tentativa de golpe.

É muito triste ver essa situação de esses grandes equívocos ou tentativas de golpe ou golpe com tantas pessoas envolvidas. Eu gostaria muito que isso não tivesse acontecido. Então, vamos aguardar o Judiciário se definir, vamos ver como vai acabar esse processo. Ainda não existe algo definitivo, mas eu acho que não vejo nada no horizonte que mude a decisão do judiciário.

Kassab também abordou a falta de luz no Estado de São Paulo. A concessionária responsável pela energia elétrica na região conseguiu restabelecer o o serviço plenamente apenas nessa quinta-feira (17), seis dias após o temporal que deixou milhões de clientes desabastecidos.

“É evidente que a empresa não presta bom serviço. Isso é claro. Ainda no caminho, vindo para a gravação ouvindo aqui uma das emissoras de rádio dizendo que apenas 1% do que havia sido comprometido pela empresa em termos de poda de árvore foi cumprido. Então, é evidente que falta fiscalização. Uma concessionária precisa ser fiscalizada com muito rigor. E, para ser sincero, as agências brasileiras precisam melhorar a sua postura de fiscalização como um todo, e não é diferente na Aneel”, disse.

“Eu não vou fulanizar, falar de quem é a culpa, mas a Aneel precisa ser mais dura, precisa ver que instrumentos tem o governo federal, a sociedade, para pressionar a Aneel para que ela endureça a sua relação. Eu até, nesse momento, estudando um pouco a questão jurídica, eu não sou advogado, estou entre aqueles que defendem uma intervenção na empresa. Precisa ter uma ação exemplar, o brasileiro quer isso, o paulistano quer isso, precisa efetivamente ter uma punição para que as pessoas entendam que existe fiscalização, que é um país sério, um país que aposta na parceria com o capital privado, com a empresa privada, mas ela não pode apenas ter as suas receitas e não comparecer com as suas obrigações. É o que acontece aqui em São Paulo com a Enel”, explicou. As informações são do jornal O Globo.

 

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