Quinta-feira, 09 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de setembro de 2016
Em meio a certa cautela internacional quanto ao processo de impeachment que derrubou o governo de Dilma Rousseff, o presidente Michel Temer, agora confirmado definitivamente no cargo, embarcou para a China, onde participará nos dias 4 e 5 de setembro do encontro do G20 – grupo das maiores economias do mundo.
É fácil entender sua pressa nos últimos dias para encerrar o julgamento. De um lado, a ocasião dá a Temer um palco de destaque para sua estreia internacional, já que estarão presentes no encontro os líderes mais importantes do mundo, como o presidente dos EUA, Barack Obama, e a nova primeira-ministra britânica, Theresa May.
De outro, lhe garantirá uma recepção amigável do país anfitrião, já que a China, pragmática nas suas relações externas, está mais interessada em construir um bom relacionamento com o novo governo brasileiro do que em se preocupar com a legitimidade ou não do processo que lhe alçou ao poder.
Sob o comando do Partido Comunista desde 1949, o governo chinês não costuma interferir em questões de política interna de outros países. Acompanham Temer na viagem o presidente do Senado, Renan Calheiros, e os ministros José Serra (Relações Exteriores), Henrique Meirelles (Fazenda), Blairo Maggi (Agricultura) e Maurício Quintella (Transportes). (AG)