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Presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados fazem as pazes

Centrão exerce o comando das duas Casas legislativas, com Arthur Lira (D) e Rodrigo Pacheco (E).(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Reunião na residência oficial do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com 14 representantes do setor produtivo, na última terça-feira (23), selou a volta do diálogo da cúpula do Legislativo pela tramitação da agenda econômica.

Rompidos desde a divergência sobre como devem ser apreciadas as medidas provisórias (MPs), Pacheco e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PPAL), juntos defenderam a aprovação do novo arcabouço fiscal, da reforma tributária e o não retrocesso em temas que são considerados pelo setor privado como marcos de avanço institucional, como a Lei do Saneamento e a privatização da Eletrobras.

Idealizada pelo deputado Elmar Nascimento (União-BA), a reunião teve a ajuda do diretor de Relações Institucionais do BTG, o ex-ministro Fábio Faria, a quem coube “convocar o PIB”.

Entre os presentes estavam empresários identificados com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como Rubens Ometto (Cosan), Walfrido dos Mares Guia e Josué Gomes (Fiesp), e outros mais próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro, como Flávio Rocha (Riachuelo) e Rubens Menin (MRV, CNN). O grupo se completou com André Esteves (BTG), Carlos Sanchez (EMS), Lucas Kallas (Cedro), João Camargo (Esfera), Ricardo Faria (Granja Faria), Benjamin Steinbruch (CSN), Isaac Sidney (Febraban) e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, hoje à frente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF).

De acordo com os presentes, tanto Lira quanto Pacheco fizeram reiteradas falas enfatizando a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na articulação política dos temas econômicos, o que levou um dos presentes a descrever a iniciativa como uma “legitimação” do ministro como ponto central de diálogo com o governo, após os tropeços do presidente Lula na formação de uma base de apoiadores no Legislativo.

Haddad e Gabriel Galípolo, seu indicado para a diretoria do Banco Central (BC), foram os únicos representantes do Executivo. Também participou da reunião o chefe do BC, Roberto Campos Neto, que tem sido alvo de críticas de Lula e de membros do governo pela alta taxa de juros.

Os relatores do arcabouço fiscal, Cláudio Cajado (PP-BA), e da reforma tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), também participaram da reunião.

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