Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 6 de fevereiro de 2016
Preso há mais de dois meses por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), Delcídio do Amaral (PT-MT) continua sendo o líder do governo Dilma Rousseff no Senado. A presidenta não indicou um substituto. Tampouco preocupou-se em formalizar a destituição do encarcerado. Nos registros internos e no site da Casa, Delcídio ainda ocupa o posto de líder do conglomerado governista.
“Em política, não convém confiar em ninguém com mais de 30”, ironizou, em privado, um senador do PDT. “Não convém confiar sobretudo em alguém com mais de 30 dias de cadeia.” Outro senador, do PT, que ensaia a expulsão de Delcídio, afirmou que a omissão de Dilma “ofende” os integrantes do bloco governista. “É como se não houvesse nenhum senador merecedor da confiança do Planalto”, explicou.
O preso continua recebendo salário mensal de 33,7 mil reais. Embora sua morada provisória se localize atrás das grades, o senador recebe também o auxílio-moradia. Coisa de 5,5 mil reais mensais. De resto, o gabinete do detento tornou-se uma superestrutura pendurada no bolso do contribuinte. Os 14 assessores de Delcídio custam ao Tesouro algo como 300 mil reais por mês. (Folhapress)