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Preso o empresário acusado de praticar golpes de 250 milhões de reais através de um site de compras falsas na internet

Homem acabou reconhecido e detido por ser alvo de mandado de prisão. (Foto: Reprodução)

O empresário Michel Pierre de Souza Cintra, acusado de praticar golpes de 250 milhões de reais pela internet, foi preso na madrugada desta segunda-feira (31) em Ubiratã (PR) durante uma fiscalização da Polícia Rodoviária Federal.

Cintra, que é acusado pelo Ministério Público de fraudes por meio do site de compras Pank, estava foragido desde 2015, quando teve a prisão decretada pela Justiça. Também acusada, a mulher dele, Viviane Boffi Emílio, está presa desde setembro do ano passado.

Homem é acusado pelo Ministério Público de fraudes por meio do site de compras Pank. (Foto: Reprodução)

O empresário foi detido por volta das 4h em um ônibus que partiu de Foz do Iguaçu com sentido a São Paulo. Ele apresentou um documento falso, segundo informações da PF (Polícia Federal), mas acabou reconhecido e detido por ser alvo de mandado de prisão.

Ele foi levado para a delegacia da PF na região, de onde foi encaminhado para a carceragem da Polícia Civil em Cascavel.

Acusação.

O processo contra os empresários tem cerca de 4 mil páginas e a Promotoria aponta que 15 empresas também foram prejudicadas por Cintra e Viviane. O casal também é acusado de contratar, mas não pagar agências de publicidade responsáveis por anúncios do Pank. O prejuízo é estimado em 4,8 milhões de reais.

Em relação ao site Pank, a denúncia é de que os empresários vendiam, mas não entregavam os produtos, ou entregavam itens similares, adquiridos no Paraguai.

Embora as defesas sustentem que a página apenas anunciava as mercadorias, não tendo responsabilidade sobre as vendas, um documento dos Correios aponta que a empresa despachou 24 mil produtos para todo o País entre 24 de outubro de 2011 e 29 de agosto de 2013.

A acusação afirma que o casal elaborou até uma cartilha para ser usada pelos funcionários para “enrolar” os clientes insatisfeitos. O material com 17 páginas foi entregue ao Ministério Público por uma ex-funcionária, que denunciou o esquema.

Em maio deste ano, a Justiça começou a ouvir os depoimentos das testemunhas do caso.

Além de Viviane e Cintra, outras quatro pessoas apontadas como comparsas nos crimes, foram denunciadas por estelionato 215 vezes, além de falsidade ideológica, formação de quadrilha, organização criminosa, crime contra a relação de consumo e lavagem de dinheiro. (AG)

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