A Corregedoria da PM (Polícia Militar) do Estado de São Paulo prendeu nesta quinta-feira (16) um policial militar da ativa suspeito de ter matado o empresário Vinícius Gritzbach, delator do PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele foi executado em novembro do ano passado, com tiros de fuzil, no aeroporto de Guarulhos (SP).
Gritzbach era acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro para a facção criminosa. Na delação premiada assinada com o Ministério Público, ele entregou o nome de pessoas ligadas ao PCC e também acusou policiais de corrupção.
A prisão desta quinta é parte de uma operação que mirou policiais militares suspeitos de vazar informações sigilosas para favorecer criminosos. Outros 12 PMs também foram presos e há mandados de prisão contra outros dois.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que a operação mostra que a corporação não admite desvios de conduta. “Nada vai ficar sem a devida resposta. A operação mostra que a Polícia Militar não admite desvios de conduta. Estamos atacando o crime organizado em diferentes frentes”, disse.
A investigação começou após uma denúncia anônima recebida em março do ano passado sobre vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados à facção. O objetivo era evitar prisões e prejuízos financeiros ao grupo criminoso.
A apuração inicial evoluiu para um inquérito policial militar instaurado em outubro. Segundo a Corregedoria da PM paulista, informações estratégicas eram vazadas por policiais militares da ativa e da reserva.