Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 26 de abril de 2025
Condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente Fernando Collor (PRD) foi preso na sexta-feira (25), mas mantém um patrimônio considerável, apesar dos processos judiciais e das acusações que marcaram sua carreira política. Ele foi o 32º presidente do Brasil, governando de 1990 a 1992, quando renunciou durante um processo de impeachment aprovado pelo Senado. Após sua presidência, Collor atuou como senador por Alagoas entre 2007 e 2023, período em que continuou a ser uma figura política influente no cenário nacional.
Nas eleições de 2022, quando tentou disputar o Governo de Alagoas e acabou perdendo o pleito, Collor declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 6,2 milhões, distribuído em 25 bens, conforme os registros enviados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entre esses bens, o mais valioso é uma mansão localizada em Campos do Jordão (SP), uma propriedade de 9,7 mil metros quadrados situada na região de área verde do Parque Pedra do Baú. A residência principal tem mais de 700 metros quadrados e conta com sete suítes, além de luxuosos espaços como um salão de jogos e uma adega.
Esse imóvel também esteve envolvido em um processo trabalhista que Collor enfrentou, movido por um ex-funcionário de uma empresa de comunicação de sua propriedade. Embora a mansão tenha sido avaliada em R$ 10,5 milhões em determinados momentos, Collor declarou o valor de R$ 4,08 milhões à Justiça Eleitoral. Em outubro de 2024, a mansão foi penhorada pela Justiça do Trabalho de Alagoas devido a dívidas, e o ex-presidente acumulava R$ 142 mil em pendências com a Prefeitura de Campos do Jordão, referentes ao não pagamento de IPTU e taxas de lixo.
No entanto, o imóvel não foi levado a leilão. Em 2025, a Justiça suspendeu a ordem de penhora após o parcelamento da dívida tributária pela administração municipal. Além da mansão, Collor também listou outros bens de luxo em sua declaração ao TSE, que incluem um jet ski e uma lancha, além de títulos em clubes de elite carioca, como o Jockey Club Brasil e o Country Club do Rio de Janeiro. Esses bens fazem parte de um patrimônio que, apesar das dificuldades legais, continua a ser uma marca da opulência que acompanhou a trajetória política e empresarial de Collor ao longo dos anos. (Com informações do portal Terra)