Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de agosto de 2023
A facção, que tem como base o bairro Bom Jesus, na Zona Leste, domina diversas áreas da Capital
Foto: Polícia Civil/DivulgaçãoCom o apoio da Brigada Militar, a Polícia Civil deflagrou na manhã desta segunda-feira (7), em Porto Alegre, a Operação Mar Tirreno para desarticular parte de uma facção que tortura e mata seus rivais e transmite os crimes ao vivo por meio de videochamadas.
Cerca de 200 policiais cumpriram 15 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 31 de busca e apreensão. Quinze bandidos foram presos nesta segunda. Outros quatro já haviam sido capturados no decorrer das investigações.
Os agentes apreenderam armas de fogo, munições, dinheiro, grande quantidade de drogas prontas para a venda e um fardamento policial falso.
A facção, que tem como base o bairro Bom Jesus, na Zona Leste, domina diversos outros bairros da Capital. Para atrair os rivais assassinados, os criminosos utilizam fardamentos da polícia.
Em um dos homicídios investigados, dois jovens foram atraídos para uma festa falsa. Duas mulheres, por meio das redes sociais, seduziram e convidaram os dois integrantes de uma facção rival para uma festa regada a bebidas alcoólicas e drogas que ocorreria na casa de uma delas.
A partir disso, entraram em ação os criminosos disfarçados de policiais militares, que algemaram as vítimas e iniciaram as torturas em uma residência no bairro Vila Jardim, na Zona Norte. Dois indivíduos foram brutalmente mortos, desfigurados por uma machadinha, e toda a ação foi transmitida ao vivo por meio de videochamada.
Segundo o delegado Eric Dutra, da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, “a forma brutal com que foi cometido o crime, bem como suas circunstâncias, exigia uma resposta rápida e firme por parte do Estado, visando impedir que uma onda de crimes posteriores em forma de retaliação viessem a ocorrer.”
O chefe de Polícia do RS, delegado Fernando Sodré, destacou que “a Polícia Civil trabalha incansavelmente para enfrentar o crime organizado, não apenas responsabilizando os autores, mas também mandantes e outros indivíduos envolvidos”.