Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de agosto de 2019
Cientistas da Universidade College London (Inglaterra) descobriram que pessoas que têm pressão alta próximo aos 40 anos podem ter cérebros menores quando chegam à terceira idade, mais precisamente em torno dos 70 anos.
A pesquisa foi publicada no periódico The Lancet. De acordo com Jonathan Schott, um dos autores do estudo, as descobertas fornecem mais evidências de que cuidar da saúde ajuda a prevenir demência. Ele ainda ressalta que 30% dos casos podem ser evitados.
Como o estudo foi feito
A equipe de cientistas estudou um grupo pacientes, que fizeram parte do projeto de pesquisa desde que nasceram, em 1946. A pressão arterial de cada voluntário foi medida nos 30s, 40s, 50s e 60s. No último segundo, os especialistas avaliaram a cognição de 502 membros do grupo, que na época tinham entre 69 e 71 anos.
Ao analisar s resultados, os cientistas observaram pessoas que tinham pressão arterial diastólica mais alta aos 43 anos eram mais propensas a terem cérebros menores aos 70. Eles notaram que a região ligada à memória, o hipocampo, era afetada.
Pressão arterial e demência
Embora o estudo mostre essa associação, os cientistas ressaltam que os resultados mostram apenas uma correlação e não é possível dizer que a pressão alta foi responsável pelo encolhimento do cérebro. No entanto, já é sabido que a hipertensão é ruim para o cérebro e pode provocar danos nos vasos sanguíneos.
Os autores afirmam ainda que, em estudos anteriores, a hipertensão arterial já havia sido relacionada à demência. Além disso, a demência vascular, causada por um fluxo sanguíneo reduzido para o cérebro, é a segunda causa mais comum de demência.
Previna o surgimento da doença
Pratique atividades física. Consuma uma dieta equilibrada, rica em gorduras “do bem”. Tenha convívio com outras pessoas. Faça atividades que mantenha sempre a mente ativa.
Anemia
Uma nova pesquisa descobriu que pessoas com níveis de hemoglobina acima ou abaixo do normal têm um risco maior de desenvolver demência ao envelhecerem, inclusive Alzheimer. O estudo foi publicado no periódico Neurology.
A queda de hemoglobina no sangue é justamente o que caracteriza a anemia, problema comum que acomete 30% da população mundial. “Ao compararmos com as pessoas que não têm anemia, a presença da doença foi associada a um aumento de 34% no risco de todas as causas de demência e a 41% para a doença de Alzheimer”, escreveram os autores.