O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15), considerado a prévia da inflação oficial no Brasil, variou -0,73% em agosto, a menor taxa da série histórica iniciada em novembro de 1991, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (24).
Em julho, o índice havia ficado em 0,13%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,02% e, em 12 meses, de 9,60%, abaixo dos 11,39% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2021, a taxa foi de 0,89%.
O resultado foi influenciado principalmente pela queda de preços no grupo Transportes (-5,24%), que contribuiu com -1,15 p.p (ponto percentual) no índice. Também houve recuo nos preços dos grupos Habitação (-0,37%) e Comunicação (-0,30%).
A deflação no grupo Transportes se deve à queda dos preços dos combustíveis (-15,33%), principalmente a gasolina. No grupo Habitação (-0,37%), a queda está relacionada ao recuo nos preços da energia elétrica residencial (-3,29%).
Em Comunicação (-0,30%), o destaque ficou com os planos de telefonia fixa e móvel, cujos preços caíram 2,29% e 1,04%, respectivamente
Neste mês, houve variações positivas em seis dos nove grupos pesquisados. No lado das altas, a maior variação e o maior impacto vieram de Alimentação e bebidas (1,12% e 0,24 p.p.). Destacam-se ainda os grupos Saúde e cuidados pessoais e Despesas pessoais. Ambos subiram 0,81% e contribuíram conjuntamente com 0,18 p.p. para o IPCA-15 de agosto. Os demais grupos ficaram entre as taxas de 0,08% de Artigos de residência e 0,76% de Vestuário.