O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo –15), que é uma prévia da inflação oficial do País, ficou em 0,78% em janeiro, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Esse foi o maior resultado para o mês desde 2016, quando o índice ficou em 0,92%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,30%, acima dos 4,23% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Em dezembro de 2020, o IPCA-15 atingiu 1,06%. A desaceleração do indicador no primeiro mês de 2021, segundo o IBGE, foi pressionada pela energia elétrica, já que houve redução das contas de luz devido à mudança da bandeira tarifária. Todavia, os preços dos alimentos seguem pressionando a inflação no Brasil.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito apresentaram alta em janeiro. Apenas comunicação registrou deflação no mês.
De acordo com o IBGE, o maior impacto no IPCA-15 de janeiro partiu de alimentação e bebidas, embora a alta nos preços desse grupo tenha desacelerado de 2% em dezembro para 1,53% neste mês.
As carnes (1,18%), o arroz (2,00%) e a batata-inglesa (12,34%) apresentaram altas menos intensas na comparação com o mês anterior, quando variaram 5,53%, 4,96% e 17,96%, respectivamente.
Já as frutas subiram 5,68%, frente à alta de 3,62% no mês anterior, e contribuíram com o maior impacto (0,06 ponto percentual) entre os itens pesquisados. No lado das quedas, o destaque foi o recuo nos preços do tomate (-4,14%).
Porto Alegre
Todas as 11 regiões pesquisadas pelo IBGE registraram alta do IPCA-15 neste mês. Na Capital gaúcha, o índice ficou em 1,11%.