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Por Redação O Sul | 25 de junho de 2019
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), que é uma prévia da inflação oficial do País, perdeu força em junho e ficou em 0,06%, depois de registrar 0,35% em maio, informou nesta terça-feira (25) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com o órgão, é a menor taxa para o mês desde junho de 2006, quando ficou em -0,15%.
Segundo o IBGE, quedas nos preços de alimentos e combustíveis – que têm os maiores pesos na composição do índice – ajudaram a inflação a perder força na passagem de maio para junho. O grupo Alimentação e bebidas, que havia ficado estável em maio, teve deflação (-0,64%) em junho. Já os combustíveis (que fazem parte do grupo transportes) tiveram queda de 0,67%, depois de subirem 3,3% no mês anterior.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, somente o de alimentação e bebidas teve deflação no mês. Mas apenas três grupos tiveram taxas maiores em junho que em maio: artigos de residência (de -0,63% em maio para 0,01 em junho), educação (de 0 em maio para 0,09% em junho) e comunicação (de -0,04% em maio para 0 em junho).
Alimentos em queda
Segundo o IBGE, a safra agrícola fez com que os preços de alguns produtos importantes na mesa do brasileiro tivessem queda significativa em junho. Os principais destaques foram o feijão-carioca (-14,99%), tomate (-13,43%), feijão-mulatinho (-11,48%), batata-inglesa (-11,30%), feijão-preto (-8,84%) e frutas (-5,25%). O instituto destacou que a alimentação fora do domicílio também teve recou em junho. O IPCA-15 para este grupamento desacelerou de 0,48% em maio para 0,33% em junho.
Alívio nos transportes
O grupo dos Transportes desacelerou de 0,65%, em maio, para 0,25% em junho, contribuindo, juntamente com os alimentos, a desacelerar a inflação no período. Segundo o IBGE, esse queda nos transportes foi puxada pelos combustíveis. A gasolina apresentou alta de 0,10% em junho ante uma alta de 3,29% no IPCA-15 de maio. Já o etanol, que teve alta de 4% no mês anterior, caiu 4,57% em junho.
Passagem aérea freia queda
Com alta de 18,98%, as passagens aéreas exerceram impacto de 0,06 ponto percentual sobre o indicador mensal. Conforme destacou o IBGE, foi o maior impacto positivo na prévia da inflação de junho, ou seja, responsável por pressionar o indicador, impedindo uma desaceleração maior. No ano, os preços das passagens aéreas acumulam uma queda de 15,32%. Em 12 meses, porém, acumulam uma alta de 52,30%.
Índices regionais
Das 11 regiões pesquisadas pelo IBGE para compôr o IPCA-15, cinco apresentaram deflação na passagem de maio para junho. A mais intensa foi observada em Porto Alegre, com recuou de 0,21% puxado pelo preço de frutas, que tiveram queda de 12,71%, e da gasolina, que recuou 2,64%. A maior alta foi registrada em Brasília (0,30%), influenciada pela alta nos preços das passagens aéreas.