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Economia Prévia da inflação oficial brasileira fica em 0,44% em maio, a maior para o mês desde 2016

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Em 12 meses, taxa atingiu 7,27%, se mantendo acima do teto da meta do governo para a inflação no ano, que é de 5,25%

Foto: Marcos Santos/USP Imagens
(Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), que é uma prévia da inflação oficial do País, ficou em 0,44% em maio, 0,16 ponto percentual abaixo da taxa de abril (0,60%), conforme divulgou nesta terça-feira (25) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar da desaceleração, foi o maior resultado para um mês de maio desde 2016 (0,86%), pressionado principalmente pela alta na energia elétrica (2,31%). No ano, o indicador acumula alta de 3,27%. Em 12 meses, atingiu 7,27%, se mantendo acima do teto da meta do governo para a inflação no ano, que é de 5,25%. Em abril, o indicador acumulado em 12 meses estava em 6,17%.

Apesar das preocupações com a inflação em 2021, o resultado de maio veio abaixo do esperado. Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 0,55% para o período.

Energia, botijão de gás e remédios mais caros

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE apresentaram alta em maio, com destaque para “Saúde e cuidados pessoais” (1,23%), que acelerou em relação a abril (0,44%). Os grupos Habitação (0,79%) e Alimentação e bebidas (0,48%) também tiveram variações superiores às de abril (0,45% e 0,36%, respectivamente).

Entre os itens, a alta da energia elétrica (2,31%) teve o maior impacto individual, respondendo sozinha por 0,10 ponto percentual do IPCA-15. Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Além disso, houve reajustes nas contas de luz em capitais como Fortaleza, Salvador e Recife.

Já o gás de botijão (1,45%) subiu pelo 12º mês consecutivo, embora a alta tenha sido menor que a observada no mês de abril (2,49%). O grupo “Saúde e cuidados pessoais” foi o que registrou o maior impacto sobre o indicador de maio, muito por conta do reajuste de 10,08% nos medicamentos, no início de abril.

Segundo o IBGE, houve aumentos expressivos nos remédios antialérgicos e broncodilatadores (5,16%), dermatológicos (4,63%), anti-infecciosos e antibióticos (4,43%) e hormonais (4,22%). O único grupo com deflação em maio foi “Transportes” (-0,23%), influenciado pela queda de 28,85% nos preços das passagens aéreas.

Carnes acumulam alta de 35,68% em 12 meses

No grupo “Alimentação e bebidas”, o destaque de alta foi a alimentação no domicílio, que passou de 0,19% em abril para 0,50% em maio. O preço das carnes avançou 1,77%, acumulando aumento de 35,68% nos últimos 12 meses. Já o tomate teve alta de 7,24% no mês, após ter recuado 3,48% em abril. No lado das quedas, o destaque foi o recuo nos preços das frutas (-6,45%).

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