Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de agosto de 2024
O crescimento da prévia do PIB no segundo trimestre foi o terceiro resultado positivo seguido
Foto: Marcello Casal Jr/Agência BrasilO Banco Central (BC) informou nesta sexta-feira (16) que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou uma alta de 1,1% no segundo trimestre deste ano. O resultado pelo BC foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes. A comparação foi feita com os três primeiros meses de 2024.
O dado divulgado nesta sexta-feira pelo Banco Central mostra desaceleração da economia. Isso porque, no primeiro trimestre deste ano, o IBC-BR teve uma expansão maior, de 1,5%. O crescimento do IBC-Br no 2º trimestre 2024 foi o terceiro resultado positivo seguido. A última retração do indicador foi registrada no terceiro trimestre de 2023 (-0,8%).
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do período, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será divulgado em 3 de setembro.
Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Entretanto, nem sempre crescimento do PIB equivale a bem estar social. Apesar da desaceleração da prévia do PIB do Banco Central no segundo trimestre deste ano, o Banco Central avaliou, por meio da ata da última reunião do Copom que a “atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo maior do que o esperado”.
Em junho, o BC estimou uma expansão de 2,3% para a economia neste ano, mas o dado será revisado no fim de setembro. No mês seguinte, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda manteve a projeção de crescimento do PIB em 2,5% para 2024. Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a equipe econômica deve revisar a projeção de crescimento da economia em 2024, para além da estimativa atual, de 2,5%.
O cenário de atividade aquecida, com o mercado de trabalho apresentando bom desempenho, acontece apesar do Banco Central ter interrompido o processo de corte e mantido a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 10,5%. Esse é o terceiro juro real mais alto do mundo.
Nesta semana, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, avaliou que a taxa de juros brasileira está baixa em termos históricos. Ele citou o período dos últimos cinco anos. O BC calibra a taxa de juros para atingir a meta de inflação dos próximos anos, que é de 3%, com teto de 4,5%.