Segunda-feira, 10 de março de 2025
Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2015
A economia brasileira teve nova contração em agosto, segundo indicou o Banco Central nesta sexta-feira (16). O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), calculado pela autoridade monetária e que busca ser uma espécie de “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto), registrou contração de 0,76% no mês retrasado. Foi a terceira queda mensal seguida do indicador.
Queda esperada.
Neste ano, somente os meses de fevereiro (0,57%) e maio (0,03%) não tiveram contração mensal do nível de atividade, de acordo com os números revisados do BC. A queda do nível de atividade já era esperada para agosto, uma vez que indicadores mensais já apontavam para um cenário ruim.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção industrial teve, em agosto, queda de 1,2%, a maior para o mês desde 2011, ao mesmo tempo em que o volume do setor de serviços recuou 3,5% – no que foi o pior agosto da série da pesquisa, iniciada em janeiro 2012. Já as vendas no varejo recuaram 0,9%, a maior queda para meses de agosto desde 2000.
Recessão técnica.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Os economistas do mercado financeiro acreditam que o PIB terá retração de 2,97% neste ano. Se confirmada, será a maior contração em 25 anos – desde 1990, quando foi registrada uma queda de 4,35%. Ainda segundo dados oficiais, a economia brasileira está atualmente em recessão técnica – que se caracteriza por dois trimestres consecutivos de queda do PIB. (AG)