Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de outubro de 2021
Após o resultado do IPCA de setembro, a projeção do mercado financeiro para a inflação em 2021 passou de 8,51% para 8,59%, conforme o Relatório de Mercado Focus. A projeção dos economistas para a inflação segue bem acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC) para de 2021, que é de 5,25%.
O centro da meta para o ano é de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Há um mês, estava em 8,00%. A projeção para o índice em 2022 foi de 4,14% para 4,17%. Quatro semanas atrás, estava em 4,03%.
Considerando apenas as 45 respostas nos últimos cinco dias úteis, a projeção para o IPCA de 2021 passou de 8,70% para 8,71%. Para 2022, também foram feitas 45 atualizações nos últimos cinco dias, com a estimativa variando de 4,12% para 4,17%.
Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%). O relatório Focus trouxe ainda a expectativa para o IPCA em 2023, que seguiu em 3,25%. No caso de 2024, a previsão permaneceu em 3,00%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% e 3,03%, respectivamente.
O BC deixou de publicar, no documento do Focus, as projeções sobre o Top 5. Estes dados podem ser consultados no Sistema de Expectativas de Mercado.
Selic
Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2021, em 8,25%, segundo o Focus. Há um mês, estava em 8%. Já a estimativa para o fim de 2022 subiu de 8,50% para 8,75%, ante 8% de um mês antes.
Considerando apenas as 38 respostas nos últimos cinco dias úteis, a expectativa para a Selic no fim de 2021 permaneceu em 8,25%. Já para 2022, a mediana continuou em 9%, considerando as 37 atualizações dos últimos cinco dias úteis.
A estimativa para a taxa Selic no fim de 2023 baixou de 6,75% para 6,50%, mesmo número de há quatro semanas. Para 2024, seguiu em 6,50%, como há um mês.
Em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) subiu pela quinta vez consecutiva a Selic e manteve o ritmo ao elevá-la em 1 ponto porcentual, para 6,25% ao ano. Ao mesmo tempo, o colegiado sinalizou um novo aumento de mesma magnitude para a próxima reunião, nos dias 26 e 27 de outubro.
Segundo o comitê, a manutenção do atual ritmo associada ao aumento da magnitude do ciclo para patamar significativamente contracionista “é a estratégia mais apropriada para assegurar a convergência da inflação para as metas de 2022 e 2023”.
Além disso, em declarações recentes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou que o Copom avalia que o nível final dos juros básicos da economia são mais importantes do que o ritmo para alcançar o cumprimento da meta. Campos Neto sinalizou ainda que o BC segue “olhando para 2022”.