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Primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, faz “cara de poucos amigos” para cumprimentar o presidente da França

Giorgia Meloni e Macron estão em campos políticos opostos. (Foto: Reprodução)

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, recebeu o presidente da França, Emmanuel Macron, com “cara de poucos amigos” no jantar do G7.  O evento aconteceu na noite de quinta-feira (13). A Itália está recebendo a edição da cúpula do G7 deste ano.

O bloco é formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Outros países também foram convidados para participar do encontro, como o Brasil.

Meloni e Macron estão em lados diferentes da política europeia, com episódios marcados por divergências entre os dois governos nos últimos anos. A política migratória, por exemplo, é um dos assuntos que causou estranhamento entre França e Itália recentemente.

Já nessa sexta-feira (14), ao receber os líderes mundiais para o encontro do G7, Meloni demonstrou simpatia, inclusive com o presidente Lula. A primeira-ministra também teve um momento de bom humor com o presidente argentino, Javier Milei.

Poucas palavras

Por outro lado, com Macron, a primeira-ministra trocou poucas palavras e sorriu rapidamente para uma foto ao lado do francês.

O encontro dessa sexta-feira também foi marcado por uma controvérsia provocada pela tentativa de inclusão de uma menção ao direito ao aborto legal no documento final da reunião.

Enquanto Macron e outros líderes tentaram incluir a frase, Meloni exigiu que o trecho fosse eliminado. Após a reunião, o presidente francês e a primeira-ministra italiana trocaram indiretas em entrevistas.

Macron disse que na França há igualdade entre homens e mulheres, mas que essa “não é uma visão compartilhada por todos no espectro político”.

Já Meloni, sem citar o francês, afirmou que “é profundamente errado, em tempos difíceis como esses, fazer campanha (para eleições) usando um fórum importante como o G7”.

Na última semana, Macron dissolveu o parlamento francês e convocou eleições legislativas antecipadas, depois que uma pesquisa de boca de urna mostrou que seu partido Renascimento seria derrotado pela oposição de extrema direita nas eleições parlamentares europeias.

Após projeções iniciais, o partido de extrema direita União Nacional (RN) saiu no topo com 31,5% dos votos, mais que o dobro da participação do Renascimento, que ficou em segundo lugar em 15,2% dos votos, logo à frente dos socialistas, em terceiro com 14,3% dos votos.

Por outro lado, Meloni saiu fortalecida na eleição europeia, se firmando como uma porta-voz da extrema direita no continente.

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