Armando Burd Primeiro desacerto
Por Redação O Sul | 7 de março de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Dirceu Franciscon, foi atropelado por modificações no organograma que determinaram cortes salariais de servidores de nível superior. Os que ganhavam 6 mil e 205 reais passaram a receber 682 reais. Com isso, os quadros mais qualificados anunciaram que estavam deixando as funções. O secretário reclamou há três semanas, tendo recebido no Palácio Piratini a promessa de que o governo voltaria atrás. Como não houve manifestação concreta, Franciscon foi coerente, decidindo ficar na Assembleia Legislativa para integrar a bancada do PTB e cumprir o mandato obtido com 37 mil e 322 votos.
Percepção limitada
Entre os deputados estaduais, o entendimento é que as mudanças no quadro da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo foram executadas por quem não conhece o Estado e a importância da captação de investimentos, uma das formas mais rápidas de fazer a receita aumentar.
Substituto
Para o lugar de Franciscon será convidado Ronaldo Nogueira, ex-ministro do Trabalho e ex-deputado federal pelo PTB. Terá a tarefa de recompor a estrutura esfacelada com as recentes medidas. Nogueira foi nomeado ontem para assumir a presidência da Fundação Nacional de Saúde e renunciará. Não escondia o desejo de retornar ao Rio Grande do Sul.
Fica fora
O PTB e o PP fizeram coligação nas eleições. A permanência de Franciscon na Assembleia desfaz o sonho do 1º suplente, Marcus Vinicius, de assumir como titular. O progressista terá de esperar até 2022 para concorrer de novo.
Dívidas para todos os lados
A 7 de março de 1999, o secretário estadual da Fazenda, Arno Augustin, que estava em Brasília, apresentou à Secretaria do Tesouro Nacional os cálculos, demonstrando que a União devia 8 bilhões de reais ao Rio Grande do Sul. Relacionavam-se a investimentos, aposentadorias, ressarcimentos da Lei Kandir e Fundo de Estabilização Fiscal. Hoje, só o valor da Lei Kandir está em 60 milhões. Augustin acrescentou que o Estado devia 10 bilhões de reais à União. Em 20 anos, saltou para 60 bilhões.
Relação vai longe
O senador Randolfe Rodrigues propôs projeto de lei para que seja descrito no preço de um produto ou serviço o valor do ICMS, do PIS/Pasep, do Cofins e de outros tributos. Não é a primeira tentativa. Nas anteriores, ficou comprovado: será necessária uma folha adicional da nota fiscal para incluir tudo.
Reunirá os trabalhistas
O deputado federal Pompeo de Mattos propôs e a Câmara dos Deputados realizará sessão solene, dia 20 deste mês, às 9 horas, para homenagear os 100 anos de nascimento do ex-presidente João Goulart.
Pelo poder
O PT ainda não marcou data para a eleição, mas a campanha para comandar o diretório nacional começou. Gleisi Hoffmann concorrerá e tem a preferência de Lula. O Nordeste apoiará Jaques Wagner. Se a maioria chegar à conclusão de que a disputa desgastará o partido, Fernando Haddad será o escolhido por consenso.
Ana Estela, mulher de Haddad, entrou na lista de candidatas à Prefeitura de São Paulo. Depois de Fernando, será a sua vez de cumprir o papel de poste.
No território dos tiroteios
A 12ª Feira Internacional de Defesa e Segurança, a mais importante da América Latina, vai se realizar em abril, reunindo 450 fabricantes de armas de 80 países. A expectativa é de que comparecerão 40 mil visitantes nos quatro dias do evento. Local: Rio de Janeiro. A escolha não poderia ser outra.
Perderam as estribeiras
Em 1963, Hollywood produziu a comédia épica Deu a Louca no Mundo, grande sucesso de bilheteria. Este ano, o título teve reedição com cenas de conteúdo pornográfico no Carnaval de São Paulo, que o presidente Bolsonaro postou em sua conta do Twitter.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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