Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de janeiro de 2017
A comissão de ética do Canadá anunciou nesta segunda-feira (16) a abertura de uma investigação sobre as férias de fim de ano do primeiro-ministro, Justin Trudeau, na ilha particular do filantropo e líder espiritual Aga Khan.
Em uma carta a um membro da oposição obtida pela agência de notícias AFP, a comissária de ética, Mary Dawson, disse que investigava as férias de Trudeau para determinar se ele infringiu as normas morais ao aceitar viajar para esta ilha, no helicóptero particular de Aga Khan e com todas as despesas pagas por ele.
Trudeau, que em um primeiro momento ficou em silêncio sobre o assunto, reconheceu que passou o fim de ano em uma ilha das Bahamas com sua família, o presidente do Partido Liberal, um deputado liberal e suas esposas.
A fundação Aga Khan, que recebeu centenas de milhões de dólares do governo, é registrada como um grupo de pressão, o que faz temer um conflito de interesses.
A lei canadense sobre conflitos de interesse proíbe os ministros que estejam exercendo a função de aceitar presentes, incluindo viagens.
Se for declarado culpado, Trudeau seria o primeiro chefe de governo canadense a infringir as regras de ética federais, o que iria expô-lo apenas a uma retaliação, mas colocaria em xeque sua reputação, após ter feito da ética uma regra de ouro em seu Executivo.
O primeiro-ministro admitiu nesta segunda-feira, durante uma viagem pelo Canadá, que alguns cidadãos estavam preocupados por suas férias, e admitiu que ficaria “feliz em responder todas as perguntas” da comissão de ética.