Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 21 de julho de 2024
Governo argentino oficializou decisão em julho e relembrou ataque contra embaixada de Israel em Buenos Aires em 1992. Na foto, Benjamin Netanyahu
Foto: DivulgaçãoO primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, agradeceu neste domingo (21) ao presidente argentino Javier Milei por declarar o grupo radical islâmico Hamas como organização terrorista internacional.
“Obrigado, Argentina. Obrigado, presidente Javier Milei, por designar o Hamas como uma organização terrorista”, disse o premiê israelense. “Este é mais um sinal de sua amizade com Israel e de seu compromisso com a verdade. Obrigado, Javier.”
O gabinete de Milei publicou uma nota em um comunicado no X divulgando a decisão do governo na sexta-feira (12). A Casa Rosada disse que a declaração se deve aos ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, mas citou outras motivações.
“[…] Nos últimos anos, foi revelada a sua [do Hamas] ligação com a República Islâmica do Irã, cuja liderança foi considerada responsável pelos ataques contra a Embaixada de Israel em Buenos Aires e contra a AMIA [Associação Mutual Israelita Argentina] pelo Tribunal Federal de Cassação Penal em 11 de abril. Estes ataques custaram a vida a mais de 100 cidadãos argentinos”, diz a nota.
“Este Governo reiterou em múltiplas ocasiões a sua convicção de que a Argentina se alinha mais uma vez com a civilização ocidental, respeitando os direitos individuais e as suas instituições. Por esta razão, é inadmissível que aqueles que os atacam não sejam declarados o que são: terroristas.”
A nota do governo reforçou a intenção da Argentina em se manter aliada a Israel. O Hamas, grupo palestino armado que domina a Faixa de Gaza, liderou um ataque no território atualmente reconhecido como pertencente a Israel, em 7 de outubro. O ataque dos militantes mataram 1.200 pessoas em Israel e fizeram mais de 250 reféns, segundo as autoridades israelenses.
O número de mortos em Gaza durante a ocupação do exército de Israel no enclave após o ataque se aproxima dos 40.000, segundo o ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas.