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Mundo Primeiro-ministro de Israel bate-boca com o ministro da Defesa por acordo de cessar-fogo em Gaza

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Benjamin Netanyahu (D) e Yoav Gallant discutiram se o Exército israelense deveria deixar o Corredor Filadélfia

Foto: Reprodução
Dupla discutiu sobre se, como parte de qualquer acordo, o Exército israelense deveria deixar o Corredor Filadélfia. (Foto: Reprodução)

Uma disputa acirrada sobre as condições para um acordo de reféns e cessar-fogo em Gaza surgiu entre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, em uma reunião do gabinete de segurança na noite de quinta-feira (29), de acordo com vários relatos na mídia israelense.

Os dois discutiram furiosamente sobre se, como parte de qualquer acordo, o Exército israelense deveria deixar o Corredor Filadélfia, um trecho de 14 quilômetros que corre ao longo da fronteira entre Gaza e Egito, de acordo com a afiliada da CNN, Channel 12, o Times of Israel e outros meios de comunicação. O corredor de Filadélfia é atualmente controlado pelas FDI (Forças de Defesa de Israel).

A movimentação de tropas israelenses ao longo do corredor durante a primeira fase de um acordo de cessar-fogo tem sido um grande ponto de discórdia entre Israel e o Hamas, com o Hamas dizendo que as tropas israelenses devem se retirar da zona de fronteira.

De acordo com vários relatos, Netanyahu produziu mapas mostrando como as FDI deveriam permanecer no corredor durante a primeira fase do acordo – na qual os reféns também deveriam ser libertados – para impedir que o Hamas retomasse o contrabando de armas pelos túneis sob o corredor.

“Gostaria de levar a decisão sobre as tropas da FDI permanecerem no Corredor Filadélfia para aprovação do gabinete”, teria dito Netanyahu. Gallant interrompeu, de acordo com os relatos da reunião, dizendo: “O significado disso é que o Hamas não concordará com isso, então não haverá um acordo e nenhum refém será libertado.”

Ele também alegou que Netanyahu havia elaborado mapas diferentes daqueles preferidos pelos negociadores israelenses no Cairo, acrescentando: “Vocês impuseram esses mapas a eles”.

Netanyahu rejeitou a alegação com raiva, mas Gallant persistiu. “É claro que você forçou (isso). Você está conduzindo as negociações sozinho. Desde que você dissolveu o Gabinete de Guerra, ouvimos tudo depois do fato.”

Gallant pareceu receber apoio do Chefe do Estado-Maior Geral Herzi Halevi, que estava na reunião. Ele teria dito que as FDI poderiam se retirar do corredor e retornar “ao final de seis semanas de cessar-fogo. Há restrições suficientes para negociações, não há necessidade de adicionar outra.”

De acordo com relatos publicados, Gallant disse em um ponto que “o primeiro-ministro pode de fato tomar todas as decisões, e ele também pode decidir matar todos os reféns”, provocando repreensões de outros ministros. Ele acrescentou que “30 vidas estão em jogo.”

Gallant acrescentou que “no final, Sinwar ditará a você e você se retratará”, uma referência ao líder do Hamas Yahya Sinwar, que se acredita estar escondido em Gaza. Netanyahu, em resposta, teria insistido que ninguém ditou a ele, dizendo que “apenas uma negociação determinada o fará (Sinwar) ceder”.

O gabinete procedeu à votação dos mapas que Netanyahu apresentou, aprovando-os por oito a um, sendo o único dissidente Gallant. O ministro da Segurança Nacional de direita Itamar Ben Gvir se absteve da votação. A mídia israelense citou fontes próximas a ele dizendo que ele se opunha a qualquer redução gradual no número de soldados no corredor.

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