O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta sexta-feira (3), que Israel não concordará com cessar-fogo temporário com o Hamas até que os mais de 240 reféns capturados pelo grupo durante o ataque do dia 7 de outubro sejam libertados.
“Israel recusa um cessar-fogo temporário que não inclua o retorno de nossos reféns”, disse Netanyahu durante um discurso televisionado.
Nesta sexta, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, voltou a solo israelense para pressionar o governo local sobre a sua ofensiva em curso na Faixa Gaza. O principal diplomata dos EUA se encontrou com o primeiro-ministro israelense e outros altos funcionários em meio à crescente condenação internacional e ao crescente número de mortes de civis em Gaza. Blinken defendeu pausas humanitárias no conflito e disse ser “importante que tudo seja feito para proteger civis”.
Além do secretário dos EUA, quem esteve no centro das atenções do conflito foi o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah. Em seu primeiro pronunciamento desde o início do conflito, Nasrallah apelou para que se “trabalhasse dia e noite” por um cessar-fogo em Gaza, dizendo que esse é o “objetivo principal” do Hezbollah.
Ele culpou os Estados Unidos pela guerra em Gaza e pelo elevado número de mortos de civis, e disse que uma diminuição da violência no enclave palestino é vital para evitar uma guerra regional. Caso o conflito siga escalando, o líder do Hezbollah afirmou que “a chance de a frente libanesa se transformar numa batalha ampla é uma possibilidade realista”.