Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de outubro de 2023
Texto foi postado na plataforma X depois que Netanyahu (foto) se recusou a admitir explicitamente que tinha alguma responsabilidade pelo dia 7 de outubro
Foto: ReproduçãoO primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se desculpou neste domingo (29), após afirmar que as forças de inteligência de Israel deveriam assumir responsabilidade pelas falhas de segurança no dia 7 de outubro, quando terroristas do Hamas cruzaram as fronteiras entre Israel e a Faixa de Gaza em diversos pontos e mataram 1.400 pessoas, iniciando uma guerra entre Israel e o grupo terrorista.
A publicação foi postada na plataforma X, antigo Twitter, depois que Netanyahu se recusou a admitir explicitamente que tinha alguma responsabilidade pelo dia 7 de outubro, quando pressionado durante uma entrevista coletiva. O primeiro-ministro afirmou apenas que todos teriam de dar respostas públicas, incluindo ele.
“Em nenhum momento foi dado um aviso ao primeiro-ministro sobre a intenção do Hamas de iniciar uma guerra”, escreveu ele. “Pelo contrário, todos os responsáveis da defesa, incluindo os chefes de Inteligência e do Shin Bet [Agência de Segurança de Israel], avaliaram que o Hamas não estava focado nisso. Esta foi a avaliação submetida repetidamente ao primeiro-ministro e ao gabinete por todas as entidades da defesa e a comunidade de inteligência até o início da guerra.”
Contudo, depois de sofrer críticas de opositores e também de membros de sua coalizão, Netanyahu pediu desculpas em outra publicação na plataforma X. “Eu cometi um erro. O que eu disse após a entrevista coletiva não deveria ter sido dito e peço desculpas por isso.”
Netanyahu acrescentou que dá total apoio a todos os chefes de segurança e os soldados do exército israelense. A postagem de Netanyahu foi recebida com críticas por opositores de Netanyahu.
“Quando em guerra, a liderança precisa se comportar de forma responsável, fazer o que é certo e fortalecer o exército de tal forma que possam fazer o que precisamos que façam”, afirmou Benny Gantz, um dos principais opositores de Netanyahu, mas que se juntou à coalizão do primeiro-ministro como uma forma de demonstrar unidade nacional em meio a guerra.
Já o líder da oposição, Yair Lapid, disse que Netanyahu ultrapassou os limites com as declarações. “Enquanto o exército israelense luta de forma heroica contra o Hamas e o Hezbollah, ele está trabalhando em tentativas de colocar a culpa neles, em vez de apoiá-los”, apontou Lapid. “As tentativas de escapar da responsabilidade e colocar a culpa no sistema de defesa enfraquecem o exército, durante uma guerra”.