O príncipe Harry responsabiliza os tabloides por sua ruptura com a Família Real britânica. O duque de Sussex deu uma entrevista para documentário Tabloids on Trial da ITV, que estreia nesta quinta-feira (25), e, na prévia divulgada antes da exibição, Harry falou seus motivos para abrir publicamente ações judiciais contra publicações por alegações de hackeamento de telefone e outros atos ilegais.
O posicionamento de Harry é um contraste com seu irmão, o príncipe William, que teria recebido discretamente uma “grande quantia em dinheiro” num acordo com o News Group Newspapers (NGN) em 2020, em meio a um alegado “acordo secreto” com a realeza.
Harry foi questionado sobre “Até que ponto você acha que sua determinação em lutar contra os tablóides destruiu o relacionamento com sua família?”. Ele, então, respondeu: “Acho que essa é certamente uma peça central. Essa é uma pergunta difícil de responder porque qualquer coisa que eu diga sobre minha família resulta em uma torrente de abusos por parte da imprensa”.
O duque de Sussex acredita que a luta contra os supostos abusos dos veículos de imprensa deveria ser abraçada por toda a Família Real. “Deixei bem claro que isso é algo que precisa ser feito. Seria bom se fizéssemos isso como uma família. Acredito que, mais uma vez, do ponto de vista de serviço e quando você desempenha um cargo público, essas são as coisas que deveríamos fazer para um bem maior. Mas estou fazendo isso pelos meus motivos”, pontuou.
Quando questionado sobre a decisão da família de não falar abertamente sobre o assunto, Harry disse: “Acho que tudo o que aconteceu mostrou às pessoas qual é a verdade sobre o assunto. Para mim, a missão continua, mas causou parte de um fenda”.
O príncipe Harry e sua esposa, Meghan Markle, abandonaram seus papéis como membros trabalhadores da realeza britânica em 2020 e se mudaram para a Califórnia, nos Estados Unidos. Pouco tempo depois, eles anunciaram que não teriam “nenhuma corroboração e nenhum envolvimento” com quatro tabloides do Reino Unido – The Sun, The Daily Mail, The Mirror e The Express – que, segundo eles, “destruíram a vida de muitas pessoas”.