Quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de fevereiro de 2024
Ministro comentou caso ocorrido em Porto Alegre; homem teria sido esfaqueado e, em seguida, detido pela polícia, enquanto agressor foi liberado
Foto: Reprodução/Redes SociaisO ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, comentou, na manhã deste domingo (18), o caso do homem negro que foi preso por policiais da Brigada Militar após ser vítima de agressão em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, no sábado (17).
Em suas redes sociais, o ministro disse que a ocorrência demonstra “a forma como o racismo perverte as instituições e, por consequência, seus agentes”. Ele também cobrou medidas e práticas de governança antirracista para enfrentar essa questão.
“É preciso que as instituições passem a analisar de forma crítica o seu modo de funcionamento e aceitar que em uma sociedade em que o racismo é estrutural, medidas consistentes e constantes no campo da formação e das práticas de governança antirracista devem ser adotadas”, afirmou o ministro.
“Em outras palavras, é preciso aceitar críticas e passar a adotar medidas sérias de combate ao racismo em nível institucional.”
Almeida disse, ainda, que conversou com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e que os dois ministérios irão entrar em contato com as autoridades gaúchas para “acompanhar o caso e ajudar na construção de políticas de maior alcance”.
Entenda o caso
A ação dos policiais, realizada na manhã de sábado, foi gravada por pessoas que testemunharam a agressão sofrida pelo rapaz detido.
Nas imagens é possível ver a vítima, um homem negro, dando explicações a um dos policiais da Brigada Militar que atende a ocorrência. Simultaneamente, outra agente conversa com o suposto agressor, um homem branco sem camisa. A pessoa que filma o vídeo diz que o homem “deu uma facada no pescoço dele”, e que “depois tentou de novo”.
Em determinado momento, a vítima diz que trabalha na região, mas é interrompido pelo homem branco, que diz que ele “não trabalha nada”. Ao tentar responder, o homem negro é agarrado pela camisa por um policial e, momentos depois, pressionado contra um muro.
Apesar da presença de outros três agentes, o suposto agressor sai andando do local enquanto os policiais imobilizam o homem ferido e o algemam, sob protestos de pessoas que presenciaram a ação.
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