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Política Prisão do general Braga Netto gera mal-estar, mas o Exército está preservado, dizem fontes militares

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Apesar de ser considerado "civil", por estar na reserva, general quatro estrelas tinha trajetória das mais admiradas na Força. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

A prisão do general da reserva Walter Souza Braga Netto, no último sábado (14), causou mal-estar na cúpula do Exército, mesmo em se tratando de um quadro militar que não está mais na ativa. Isso porque o ex-ministro da Defesa é um general de quatro estrelas, a mais alta patente da força terrestre, e trata-se da primeira prisão de um oficial dessa estatura, pelo menos, desde a Constituição de 1988.

Fontes militares ouvidas pelo jornal Valor ressaltaram que, fora da ativa, um oficial militar equipara-se a um civil. A percepção entre essas fontes é de que, apesar do envolvimento de vários militares nas investigações da Polícia Federal (PF) sobre uma tentativa de golpe contra o resultado das eleições presidenciais de 2022, é preciso distinguir “o CPF” dos investigados do “CNJP do Exército”. Isso porque alguns militares envolveram-se na trama golpista, mas, não, a instituição em si.

Mesmo assim, apesar de ser considerado um cidadão “civil” por estar na reserva, Braga Netto tinha uma das trajetórias mais admiradas no Exército. General de quatro estrelas, ele havia sido interventor da segurança pública no Rio de Janeiro durante a gestão de Michel Temer. E no governo de Jair Bolsonaro, foi ministro da Casa Civil e da Defesa, até se filiar ao PL e assumir a vaga de candidato a vicepresidente na chapa que saiu derrotada. O outro general preso e indiciado pela Polícia Federal na mesma investigação é Mário Fernandes, também da reserva, mas ele é general de brigada, de duas estrelas.

Uma fonte do Exército disse ao Valor que a instituição está colaborando com as investigações, e acompanhou cada passo da prisão de Braga Netto, que está instalado em uma acomodação da 1ª Divisão do Exército no Rio de Janeiro. O general é esperado para prestar novo depoimento à PF, em data ainda não designada.

No sábado, o Centro de Comunicação Social (CComSex) divulgou uma nota oficial informando que não se pronunciaria sobre a prisão porque “não se manifesta sobre processos conduzidos por outros órgãos, procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais instituições da República”.

Braga Netto foi preso pela Polícia Federal (PF) no sábado, no Rio de Janeiro, por ordem do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), e com aval da Procuradoria-Geral da República (PGR), suspeito de tentar atrapalhar as investigações sobre a tentativa de golpe contra a democracia brasileira no final de 2022. Entre outras informações, o relatório da PF afirma que o general teria repassado dinheiro, em uma sacola de vinho, para financiar ações relacionadas ao golpe.

Ainda no sábado, os advogados de Braga Netto divulgaram uma nota afirmando que tomaram “conhecimento parcial” das informações que embasaram a prisão preventiva do militar, e que se manifestaria “nos autos após ter plena ciência dos fatos que ensejaram a decisão proferida”. Acrescentaram que “com a crença na observância do devido processo legal, teremos a oportunidade de comprovar que não houve qualquer obstrução às investigações”.

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