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Armando Burd Problemas acumulados

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O deputado estadual Edson Brum entrega hoje documento à presidência da Assembleia Legislativa com assinaturas de 44 parlamentares, protestando contra o aumento autoconcedido pela Procuradoria-Geral do Estado. (Foto: Agência ALRS/Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O Brasil vai andar ou não? Se entendermos andar como desenvolvimento, mais vagas de emprego, melhoria no consumo e na produção, estamos praticamente parados.

A Petrobras aumenta a gasolina, o óleo diesel e o gás de cozinha. Nos supermercados ocorre a elevação gradativa nos preços. A taxa de desemprego não diminui. Consequências da incerteza no horizonte político e econômico. Ao mesmo tempo, o governo federal corta despesas, mas o déficit público continua a crescer. Com isso, paga mais juros.

Provocador insatisfeito

O placar eletrônico Jurômetro, ontem, registrava 188 bilhões de reais. Valor pago pelo governo federal, desde 1º de janeiro deste ano para rolar a imensa dívida pública. É quase quatro vezes o orçamento do governo do Estado do Rio Grande do Sul para todo o ano de 2019.

Enquanto isso, as opiniões de um guru, chamado Olavo de Carvalho, que mora nos Estados Unidos, ocupa as manchetes. Ele inspirou o candidato Jair Bolsonaro. Com a vitória, achou que mandaria no país. Agora, agride autoridades, cria cisões infundadas, parece um maluco fora de época e faz o país sair do prumo. Está na hora de deixar o filósofo com seus delírios no exterior e tratar dos problemas que, verdadeiramente, angustiam a população brasileira.

Para não incendiar

A agenda da Assembleia Legislativa previa que o deputado estadual Mateus Wesp iria à tribuna na abertura da sessão plenária, ontem, usando o espaço denominado grande expediente. No final da manhã, abriu mão para acelerar a votação em 2º turno da emenda constitucional de extinção da exigência de plebiscito para privatização de estatais. O tema era Castilhismo, autoritarismo e corporativismo: o interesse das corporações contra o bem comum.

Com as galerias tomadas por funcionários públicos seria o mesmo que jogar um palito de fósforo num barril de gasolina. Wesp fará o pronunciamento em uma sessão menos tensa.

Sem parar

A oposição repetiu a tática: mesmo sabendo da derrotada antecipada na votação da emenda do plebiscito, foi a tribuna à exaustão. Não adiantou: a emenda do Executivo foi aprovada por 39 votos a 13.

Constatação

O deputado Jeferson Fernandes tem razão: com a venda da CEEE, haverá troca do monopólio estatal pelo privado.

Surpreendente

Os governistas ainda comemoravam o fim do plebiscito, quando entrou em pauta a aprovação dos integrantes da nova administração do Banrisul. O deputado Sebastião Melo foi à tribuna e elogiou a nominata, mas indagou sobre a remuneração do quadro diretivo. Logo depois, pediu a verificação do número de participantes na sessão. Pouco antes eram 52. A necessidade para votação era de 28 deputados. Veio, então, a grande surpresa: não mais do que 22 registraram presença. Sinal de que o pronunciamento de Melo teve eco.

Pingue-pongue

Rodrigo Maroni, deputado estadual de primeiro mandato, inaugura uma nova forma de discurso na tribuna: conversa, provoca, lamenta, pergunta, emociona-se e contesta as galerias. Quando ouve as reações, confessa: “Não tem importância, gosto de ser xingado.”

Querem usar a tesoura

O deputado Edson Brum entrega hoje à Presidência da Assembleia requerimento com assinaturas de 44 parlamentares, visando suspender a resolução da Procuradoria-Geral do Estado que institui verba de sucumbência, equivalente a 6 mil e 900 reais por mês aos seus integrantes. Brum argumenta que “a iniciativa da Procuradoria é inoportuna e injusta em relação aos vencimentos da grande maioria dos servidores públicos”, argumentou. Lembrou ainda que, quando foram aprovados subsídios para os membros dos Poderes, os penduricalhos nos vencimentos ficaram proibidos.

Novo conflito

O Conselho Estadual de Cultura, com apoio de 30 entidades do setor, ingressou com Ação Direta de Inconstitucionalidade no Judiciário contra a lei que introduz classificação indicativa em exposições, amostras, exibições de artes e outros eventos. Argumento: o tema é de competência exclusiva do governo federal. É o que estabelece o artigo 220, parágrafo 3º, inciso 1 da Constituição: “Compete à lei federal regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada.”

Caberá agora à Procuradoria-Geral do Estado se manifestar.

Muita confusão

A direção nacional do PSL olha a situação da sigla no Rio Grande do Sul com certo humor e diz que se trata do Partido Só de Lutas.

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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